sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Doctor Who - Parte II - A Série Moderna

Salve, povo! Novamente encontro-me aqui para falar sobre minha série favorita: Doctor Who! Neste post, além de separar as eras por atores diferentes que interpretaram o Doutor, também separarei por companions/temporadas, visto que cada uma é apresentada e desenvolvida de forma diferente. Como vocês puderam ver no post anterior, a série manteve um sucesso fixo por 26 anos até ser cancelada, além de ter tido um filme para a tv em 1996. Mesmo assim, isso não pareceu afetar a determinação do produtor Russell T. Davies, que fez a série retornar em grande estilo em 2005.

Davies conseguiu não só ressuscitar uma série clássica que estava quase esquecida na BBC, como também apresentou-a a toda uma nova geração de nerds no mundo inteiro (inclusive eu!), que, claro, começaram a ter curiosidade em assistir não só esta nova série, como a antiga também. Confesso que demorei bastante para começar a assistir, mas assim que comecei, não parei até terminar todas as temporadas disponíveis! Em junho de 2012, a primeira temporada (de 2005) finalmente foi lançada no Brasil em DVD, porém sem nenhum extra, nem sequer o especial de natal, apenas com faixas de áudio em Português e Inglês, e legendas em Português. As demais temporadas seguem sem data de lançamento em DVD no Brasil, apesar de já terem sido exibidas na TV Cultura.


A primeira temporada começa apresentando-nos Rose (Billie Piper), uma pacata garota londrina que tem sua vidinha totalmente transformada ao conhecer o Doutor (Christopher Eccleston). Juntos, eles passam a viajar para o passado e futuro, visitando planetas distantes bem como a própria Terra em tempos diferentes. Com o tempo, Rose decide que nunca mais quer voltar para casa, pois sua vida viajando na TARDIS com o Doutor é muito melhor do que qualquer outra coisa que ela poderia querer, e, assim, surge uma amizade especial entre os dois.

A nona encarnação do Doutor retratada por Christopher Eccleston é simplesmente magnífica. Do homem sereno, pacífico e amável do filme de 1996 (personificado por Paul McGann), o Doutor agora se vê como um sobrevivente da Guerra do Tempo, um homem que guarda suas mágoas dentro de si para não ferir ou preocupar os outros. Mesmo assim, ele não deixa de ser o Doutor que conhecemos: brincalhão, sábio e com um apreço sem tamanho pela Terra e seus habitantes. Assim como sua encarnação anterior, ficou muito menos tempo na tela do que merecia, e até hoje o ator é questionado sobre uma possível volta ao papel. Segundo Eccleston, o clima nas filmagens não estava agrandando-o, e ele anunciou que sairia da série ainda no mesmo ano em que entrou, 2005.


Ao final da primeira temporada, ficamos nos perguntando: quem é esse magrelo que apareceu no lugar do Doutor!? Será que ele vai dar conta do fardo do Time Lord,  de ser a décima encarnação do mais famoso alienígena viajante do tempo e espaço? Mas é claro que sim!

Aqui entra em cena David Tennant, de forma bem maníaca a princípio (como sempre acontece ao regenerar, o Doutor está com uma certa sobrecarga de energia no corpo e passa a agir de forma impulsiva, parecendo um lunático mesmo), mas ao decorrer do tempo, passamos a amar esta que é considerada pela grande maioria dos fãs como sendo a melhor encarnação do Doutor. Sempre bem-humorado, com uma frase sábia na ponta da língua e uma personalidade sem igual, o Décimo Doutor conquistou muitos novos fãs pelo mundo, e é tido como a verdadeira razão da série ter reconquistado e multiplicado sua antiga popularidade.

Conforme os episódios passam, podemos perceber o quanto Rose Tyler "tratou" do Doutor, fazendo-o não esquecer, mas superar a Guerra do Tempo e a aceitar os eventos que nela ocorreram (os quais vão sendo revelados pouco a pouco). Com isso, os dois desenvolveram uma amizade muito diferente das que teve com qualquer outra companion. Pois é: o que parece é que os dois se apaixonaram! Embora isso nunca seja explicitamente dito em tela, fica claro que o Doutor não quer mais se separar de Rose, e ela claramente o ama.

Mas esse amor, assim como os nossos corações, são arrebentados quando descobrimos que Rose Tyler deixa a TARDIS no final desta temporada. E devo confessar: o final de Doomsday é realmente um dos episódios mais tristes da série. O Doutor, então, ainda em lágrimas, vive uma aventura de apenas um episódio (a série é repleta desses especiais, grande maioria deles são exibidos no natal, entre uma temporada e outra) com Donna Noble, uma mulher que foi de alguma forma sugada para dentro da TARDIS no meio de seu próprio casamento, e acaba salvando a vida do Doutor.

Esse encontro dura apenas um especial, mas há algo em Donna, não sei bem explicar, é uma coisa especial nela que dá vontade de vê-la mais um pouco ao lado do Doutor. Bem, mas é assim, com o adeus de Rose e uma aventura com Donna Noble, que acaba a segunda temporada moderna de Doctor Who.


Aqui entra a segunda companion fixa da série moderna, a estudante de medicina Martha Jones. E a aventura de estreia, assim como a temporada que vem a seguir, já começa muito boa: uma nova raça alienígena é apresentada, um hospital viaja à Lua e começamos a ver o quanto o Doutor ainda sente falta de Rose.

Martha não é das piores companions, ela apenas não tem o mesmo carisma que as demais. Ela tenta passar a imagem de ser durona, mas o que parece é que ela é só uma amiga tentando conquistar o coração do Doutor, o qual acaba sempre menosprezando a coitada. Acho que ser a primeira companion afro-descendente do Doutor foi um grande passo mas infelizmente Martha não carrega isso muito bem, pois promete ser uma coisa e acaba sendo outra.

O final da temporada é marcado por um arco de três episódios, mostrando o retorno de um velho nêmesis do Doutor. Não contarei de quem se trata para não estragar a surpresa da chegada do mesmo, apenas assistam e apreciem um dos melhores embates da série. Ao fim da história, nos despedimos de Martha.

Entre a 3ª e a 4ª temporada, ocorreu algo até então inédito na série moderna: duas encarnações do Doutor encontram-se! Trata-se de um encontro feito para o Children in Need, uma espécie de "Tele-Ton britânico" (vou ser apedrejado por ter feito essa comparação, mas foda-se) no qual Doctor Who sempre tem uma participação muito especial com algum episódio curto, de cerca de 10 minutos. Nesse ano, o 10º e o 5º Doutor entram em contato, no que acaba por ser algo muito mais, digamos, metafórico: David Tennant é um grande fã de Peter Davison, e através desse especial ele conseguiu dizer isso não só para Peter, como para todos os whovians! Alguns anos mais tarde os dois tornariam-se sogro e genro, mas isso é uma história muito enrolada para tratarmos aqui. Em frente, à 4ª temporada!


DONNA IS BACK! Aparentemente, Donna recebeu muitos elogios e volta, dessa vez como uma companion fixa na série! Devo dizer, Donna é minha companion favorita da série atual: ela é durona, não aceita merda de ninguém e muito menos do Doutor! Aqui temos ótimas histórias, um arco final absurdamente épico, alguns reencontros emocionantes e momentos hilários. Mas, como nem tudo é um mar de rosas, Donna também não vai ficar mais do que uma temporada na série.

O mais chocante foi o que se seguiu após o término dessa temporada: David Tennant anuncia que vai sair da TARDIS e que 2009 será seu último ano no papel do Doutor! Somado a isso, o ator recebe diversos papeis em outros trabalhos, e acabamos por ter, em vez de uma última temporada com ele no papel, apenas alguns especiais aleatórios espalhados pelo ano! Triste, sim, porém apesar de esses especiais, em sua maioria, não serem de grande importância, funcionam muito bem como um adeus de Tennant à série que ele tanto amou durante sua vida e onde conseguiu um grande destaque a nível mundial.


Houve uma grande especulação de que o próprio especial de natal de 2008 já contaria com a regeneração: o título do episódio foi anunciado como "The Next Doctor", ou seja, "O Próximo Doutor"! O Doutor em questão era David Morrissey, ator que na época estava no topo das cotações para o papel, o que só aumentou as especulações e euforia geral a respeito.

O arco final, The End of Time, foi dividido em duas partes, a primeira exibida no natal de 2009, e a segunda na noite de ano novo 2009/10! Isso sim é que é maneira de apresentar um novo Doutor! Nesse especial, o Doutor está face a face com uma ameaça que pode trazer de volta toda o terror da Guerra do Tempo, e pior ainda, o fim do tempo como o conhecemos!

Após uma dramática despedida de todos os seus companheiros de aventura, a vida do 10º Doutor chega ao fim, dando lugar a Matt Smith, o mais jovem ator no papel.


Logo após regenerar, o 11º Doutor acaba no jardim da jovem Amy Pond, uma criança aparentemente solitária. Após passar uma noite na casa da garota, o Doutor parte, prometendo voltar logo em seguida. Infelizmente, devido a  uma avariação na TARDIS, em vez de voltar em 5 minutos, o Doutor volta 12 anos depois, e encontra Amy já adulta! Após uma aventura com ela e definir seu novo visual, o Doutor parte mais uma vez, sozinho, para voltar 2 anos depois e levar Amy para algumas aventuras. Ah, a TARDIS também regenerou, mudando o visual interior e deixando o exterior um pouco mais parecido com a primeira versão, dos anos 60. A sonic screwdriver também é refeita, ficando maior e com uma luz verde, ao contrário da anterior que tinha luz azul.

Confesso que com o 11º Doutor eu demorei muito mais para me acostumar, começando pela companion. Amy Pond, pra mim, é extremamente irritante e chata, e não consigo me importar nem um pouco com ela! Só depois que seu namorado/noivo/marido Rory Williams passa a viajar com eles é que as coisas ficam melhores. E é nessa temporada também que conhecemos melhor River Song, uma misteriosa personagem que participou de uma história na 4ª temporada, mostrando saber muito sobre o Doutor mesmo ele não conhecendo-a na época. Os episódios que, puxando da memória agora, gostei mais, foram Vincent and the Doctor, contando com a participação de Van Gogh, e The Lodger, que fez o Doutor conhecer um "one-time-companion", um companheiro de um episódio só, mas que em um episódio apenas já chega a ser muito mais interessante do que Amy: Craig.

Após um grande arco que confesso, foi uma boa história tirando algumas forçações de barra, chegamos ao fim da 5ª temporada, que também teve um especial de natal, muito legal também.


E então chega a 6ª temporada, com certeza a mais fraca da série atual. Começando com uma história sem pé nem cabeça envolvendo a morte do Doutor, misturando a origem de River Song no meio e culminando com casamentos, essa temporada teve poucas coisas boas a oferecer. Uma delas foi O Silêncio, uma raça alienígena curiosíssima, mas que infelizmente só deu as caras nessa temporada.

Ah, Craig dá as caras novamente em um episódio envolvendo os Cybermen, dessa vez como pai! Infelizmente essa é a última vez (até o momento) em que o veremos, um companion que poderia muito bem ser fixo em pelo menos uma temporada.

E adivinhem? Mais um final de temporada em que parece que falta algo, assim como a anterior. Confesso que gostei de a face negra do Doutor ser relembrada nessa temporada, afinal ele ainda é o  mesmo Senhor do Tempo que acabou com uma guerra e saiu como único vitorioso! Ao finzinho, temos anunciada a suposta "queda do décimo-primeiro, nos campos de Trenzalore". Isso gerou uma especulação sem tamanho na internet, com teorias e mais teorias sobre a próxima regeneração do Doutor, nesse lugar chamado Trenzalore.


A sétima temporada tomou um rumo muito diferente do que estava sendo apresentado até então: uma nova companion foi anunciada e a série foi divida em duas metades, seguindo uma nova tendência no mercado (Breaking Bad, da AMC, fez o mesmo). Mas o mais importante: essa primeira metade seria a despedida de Amy e Rory, para sempre!

Contando com algumas das histórias menos inspiradas já vistas na série, essa primeira metade serviu unicamente com esse propósito: nos despedirmos dos personagens. Mesmo tendo anunciado que a tal nova companion surgiria da metade em diante, já conseguimos dar uma ~espiada~ nela logo no primeiro episódio, e no especial de natal, porém em instâncias diferentes (quer entender? Assista, eu não vou explicar aqui).

Confesso que achei o "fim" de Amy e Rory muito bom. A história teve alguns furos, comuns na série, mas foi um final relativamente emocionante e que afetou profundamente o Doutor, a ponto de ele se isolar na Londres vitoriana, mudar seu visual e o da TARDIS e conviver com um trio bizarro (um Sontaran domesticado, uma Siluriana e sua esposa humana). Porém, precisamos de aventuras, e foi no especial de natal que Clara Oswin Oswald deu as caras novamente, instigando o Doutor a procurar respostas para essa "garota impossível".


Dando um contraste forte com tudo o que vimos até agora com o 11º Doutor, essa metade final de temporada mostrou-se bastante diversificada e nos fez apaixonar-nos por Clara, a nova companion. Claro, os episódios são quase todos fillers com histórias independentes, mas isso não os impede de serem ótimos (o discurso do Doutor em The Rings of Akhaten foi, de longe, o melhor momento até agora da atual encarnação dele).

O episódio final da temporada foi anunciado com antecedência: "The Name of The Doctor" (O Nome do Doutor)! Claro que os fãs mais ávidos sabem que esse nome nunca foi (e certamente nunca será) revelado abertamente assim, e obviamente tratou-se de mais uma "pegadinha" da produção. De qualquer forma, o episódio foi o melhor da temporada inteira, e terminou de maneira inexplicavelmente foda, apresentando de surpresa e soco na cara um novo personagem crucial, o qual não revelarei aqui porque não sou uma vadia spoileadora.


Aniversário de 50 anos, especiais e um novo Doutor!

Caso não tenham feito a conta, ou eu não tenha mencionado, agora em 2013 completa-se 50 anos de Doctor Who! E isso não está passando batido, pois no exato dia do aniversário irá ao ar um episódio especial, que contará com o 11º Doutor e Clara, e também o 10º e Rose, que retornarão para apenas esse especial! Além disso, o personagem misterioso introduzido no final da temporada anterior também terá um papel-chave na história.

Porém, como nem tudo são flores nesse ano, Matt Smith anunciou que estará deixando o personagem no especial de natal! Uma notícia brutal para muitos fãs que conheceram a série recentemente, no boom que ela teve na internet em 2012. Após muita especulação e quase dois meses de espera, o próximo Doutor foi anunciado em um evento especial ao vivo da BBC: Peter Capaldi será a 12ª encarnação do Senhor do Tempo.

Capaldi já participou da série em um episódio da 4ª temporada, mas isso não quer dizer nada, afinal no mesmo episódio estava Karen Gillan (então futura Amy Pond). Antes disso, Freema Agyeman (então futura Martha Jones) morreu nas mãos dos Cybermen na 2ª temporada. E na série clássica, uma temporada antes de se tornar o 6º Doutor, Colin Baker era o Comandante Maxil, e enfrentou o 5º Doutor! Ou seja, NADA o impede de voltar à série como um personagem principal.


A escolha de Peter Capaldi (que tem 55 anos, mesma idade que William Hartnell tinha ao encarnar o 1º Doutor, ambos empatados como os mais velhos no papel) chegou como um divisor entre os reais whovians e as fãzinhas que "assistiam" por amor aos Doutores gostosões Tennant e Smith. Particularmente eu adorei a escolha, e mal posso esperar por essa regeneração, afinal o Doutor mais jovem vai se tornar o mais velho até agora!

À parte disso, haverá também o biográfico "An Adventure in Space and Time", contando sobre a criação da série e estrelando David Bradley no papel de William Hartnell, e consequentemente, o 1º Doutor! Também teremos o não-tão-conhecido Reece Shearsmith como Patrick Troughton/2º Doutor. É, 2013 realmente é um ótimo ano para ser um whovian...

Muito bem meus queridos, chegamos FINALMENTE ao fim dessa postagem sobre a minha série favorita! É realmente muito, muito difícil falar resumidamente sobre algo que gosto tanto, e peço mil perdões pelo absurdo intervalo de UM ANO entre a parte I e a parte II. Caso eu os tenha convencido a conhecer a série, nos links de parceiros no lado direito do blog encontram-se alguns sites especializados na série, e eu recomendo com todas as minhas forças.

Allons-y e goodbye!

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Cinema Expresso #2

Olá pessoal! Voltei hoje com essa seção do blog, espero que tenham gostado pois pretendo repeti-la sempre que possível. Vou tentar manter essa seção reservada a filmes mais recentes, de no máximo 2 anos antes do ano de postagem, pra tentar deixar meio atualizado. Enfim, vamos aos filmes da vez!

Um Fantástico Medo de Tudo
(A Fantastic Fear of Everything, Crispian Mills & Chris Hopewell, 2012)

Um dos escritores mais cagões da história enfrenta traumas de infância e demais fobias em uma noite bizarra, na árdua tarefa de tentar ficar pronto para uma entrevista. Em uma atuação brilhante, Simon Pegg mais uma vez rouba o filme para si, provando que é um dos maiores atores-revelação do século XXI. Cada vez que algo assustador está à espreita, nos sentimos na pele do personagem, pois Pegg consegue realmente nos fazer sentir como ele, aterrorizado pelo mínimo barulho em seu apartamento, criando paranoias absurdas e se sentindo cada vez mais insano à medida que a noite passa. Muito recomendado para fãs do ator e de comédias britânicas em geral. Nota: 4/5.

Looper (Rian Johnson, 2012)

Em um futuro não muito distante, a viagem no tempo foi descoberta, fazendo com que a máfia tenha que descobrir novos modos de encobrir seus crimes. O mais criativo que encontraram foi o de enviar os desafetos 30 anos para o passado, contratar loopers, novos tipos de capangas que assinam um contrato vitalício com as famiglias e são pagos em barras de prata (que não valem tanto quanto as de ouro, que valem mais do que dinheiro) e ordenar esses loopers a matar os indivíduos e sumir com seus corpos. O problema do contrato dos loopers, é que em 30 anos eles fecham o loop e também são enviados para o passado, para serem mortos por eles mesmos. Confuso? Pois é, isso é apenas o começo da sinopse do filme! Partindo com uma grande premissa de viagem no tempo, paradoxos e demais temas wibbly-wobbly, Looper começa como um filme de ação com ficção científica fantástico, mas aos poucos vai despencando e saindo completamente fora do tema inicial, apelando a clichês típicos e previsíveis. Uma pena mesmo esse filme desandar tanto da metade para o final, pois a ideia de viagem no tempo anda meio esquecida no cinema ultimamente, um fato um tanto estranho tendo em vista a cultura atual e as tecnologias disponíveis na área. Nota: 2/5.

V/H/S (muitos diretores, 2012)

Lembram da moda de filmes com câmera na mão, tremendo o tempo todo, tentando causar certo suspense mas que só funcionou em um ou dois casos? Pois bem, aqui temos uma coletânea de "contos", por assim dizer, todos apresentados desta forma e em forma de fitas VHS, com todas aquelas falhas gráficas, tela com algum canto tremendo, sujeira na fita, etc. A proposta é bastante interessante, ainda que um pouco datada (fitas em 2012) e por vezes sem sentido, como o fato das imagens das fitas estarem em altíssima definição, e também o conto em que a câmera é uma daquelas "câmeras-espiã" escondida no óculos de um personagem. Tirando esses detalhes técnicos, temos em mãos 6 ótimas histórias de terror, talvez nem todas tão originais (na verdade, em pelo menos uma é provável que o espectador durma), mas juntas agregando muito e mostrando histórias originais pra caramba em uma época de remakes, reboots e demais reaproveitamentos de franquias antigas. Pelo menos um dos contos realmente conseguiu me deixar com medo, coisa que nenhuma produção "assustadora" do gênero atual sequer tentou, e quase todos me deixaram com um grande sentimento de "QUE PORRA FOI ESSA QUE EU ASSISTI!?" ao final. Enfim, uma ótima coletânea de curtas para assistir sem compromisso e talvez até se surpreender. Nota: 4/5.

A Morte do Demônio (Evil Dead, Fede Alvarez, 2013)

Bom, esse aqui dispensa apresentações, obviamente. Refilmagem pretensiosíssima de um dos maiores clássicos do horror (e o meu favorito, como alguns conhecidos devem saber), essa nova visão da história é concebida pelo desconhecido Fede Alvarez, escolhido a dedo pelos próprios Sam Raimi e Bruce Campbell. Desnecessário dizer, o filme traz para os dias de hoje o mesmo horror e violência do original, aliados a novas técnicas de efeitos práticos e muito, mas MUITO sangue. Confesso que estava com muito medo do que este filme viesse trazer, mas saí do cinema com um sorriso gigante e a sensação de que o terror afinal pode não estar totalmente perdido. Um detalhe que vale a pena ser ressaltado: os produtores garantem não ter utilizado nenhum efeito digital em cena alguma do filme, e eu realmente não consegui reparar nenhuma CGI nas duas vezes que o assisti. Enfim, uma aula sobre como homenagear um clássico absoluto, sem querer tomar o seu lugar, mas seguindo o legado e tratando-o como merece. Nota: 5/5.

As Aventuras de Pi (Life of Pi, Ang Lee, 2012)

Um garoto fica sozinho com um tigre em um barco após seu navio naufragar, e ah sim, o tigre é digital, assim como praticamente tudo no filme, menos o garoto e o barco (). E o filme não é nada além disso. Arrastado demais e excendo muito o tempo de filme, Life of Pi entra para o hall dos filmes que só existem para introduzir alguma nova tecnologia ou simplesmente fazer um showoff das técnicas do pessoal dos efeitos digitais (pessoal esse que ficou sem emprego mesmo com o filme ganhando vários Oscar). Um filme que não acrescenta nada, não diverte, faz você pensar por 5 minutos após o término e depois você já esquece que assistiu. Talvez sirva caso não tenha mais nada para assistir, mas até nesse ponto chega a desapontar um pouco. Nota: 2/5.

Homem de Ferro 3 (Iron Man 3, Shane Black, 2013)

Tony Stark ainda está psicologicamente afetado pelos eventos de Os Vingadores, mas isso não impede que novas ameaças atinjam os EUA e, especialmente, sua casa e as pessoas ao seu redor. Confesso, eu gostei do primeiro Homem de Ferro quando saiu, não assisti o segundo filme, e achei o personagem um saco em Os Vingadores, mas de alguma forma ele parece menos insuportável aqui neste terceiro capítulo. Alguns pontos da história ficaram muito fracos e forçados, mas no geral o filme cumpre o propósito de divertir, é um bom filme de herói, e só. Ah, não se iluda pelos pôsteres, praticamente todos são mentirosos. Não tenho muito o que falar sobre esse filme não, sei lá, achei o melhor da saga do Homem de Ferro até agora, mas não me surpreende em nada, foi exatamente o que eu esperava. Nota: 4/5.

Mama (Andres Muschietti, 2013)

Um pai desesperado leva as duas filhas pequenas para uma cabana no meio de uma floresta, e antes que possa fazer qualquer coisa, é morto por alguma coisa nas trevas. Anos passam e o tio das meninas (Nikolaj Coster-Waldau, aqui sendo menos incestuoso) acaba as encontrando e decide criá-las junto com sua namorada puck rocker. Acontece que o que quer que seja que matou o pai das meninas gostou delas, e as adotou como suas filhas, inclusive incapacitando seu tio e deixando a árdua tarefa de desvendar o mistério e libertar as garotas para a namorada inexperiente. Baseado em um curto feito pelos mesmos realizadores do longa, Mama até que começa bem, com ótima fotografia e lances bem originais, mas com o tempo vai ficando tão sem graça que dá pena. Nosso querido Jamie Lannister é despachado para um hospital e esquecido cedo demais na história, e não tem chance de mostrar seu talento na telona. A moça é totalmente estereotipada, uma típica "menina do rock and roll" que não sabe lidar com a vida. O mistério sobre "o que diabos é a Mama" também não é nada demais, e até que combina com os terríveis efeitos digitais que dão "vida" a ela. Provavelmente as cenas de melhor suspense são as que apenas sugerem a presença dela, em contraste com o ridículo das cenas em que ela está visível na tela. Um filme que prometia bastante, mas infelizmente morreu na praia e não vai ser lembrado por muito tempo. Nota: 3/5.

O Massacre da Serra Elétrica [3D]: A Lenda Continua
(Texas Chainsaw [3D], John Luessenhop, 2013)

Pensem em um filme clássico, pensem em algo cru e simples mas que na época de seu lançamento causou horror e tornou-se famoso por ter sido banido em diversos países, um filme cujo simples nome costumava causar impacto e deixar pessoas imaginando os terrores que poderiam haver nesse filme. Agora, espere passar quase 40 anos, adicione um caminhão de estrume, coloque uns adesivos bonitos nesse caminhão, e despeje todo o estrume em cima desse filme. Isso é o mais próximo que eu posso chegar de descrever como é esse Texas Chainsaw, um filme tão ruim, ultrajante, ofensivo à inteligência do espectador e à memória do original que chega a doer. Pois bem (essa resenha vai ser um pouco maior, não tem como resumir isso), a proposta inical era: descartar TODOS os filmes feitos após o primeiro Texas Chain Saw Massacre de 1974 e fazer uma sequência direta, contando inclusive com participações especiais de atores do clássico em pontas, e tendo na produção o diretor Tobe Hooper. Tinha como dar errado? Não sei como, mas deu, e muito! Tudo o que há aqui é um filme fácil, um terrorzinho teen que consegue ser do mesmo nível, senão PIOR do que o fracassado Texas Chainsaw Massacre: The Next Generation, de 1994. NADA funciona aqui, nada faz sentido, é tudo simplesmente jogado de qualquer jeito, há tantos buracos na trama que eu nem vou me dar ao trabalho de explicar, tudo o que vou resumir pra vocês é: a família Sawyer foi multiplicada em 5 minutos após os acontecimentos do filme original, todos foram alvejados por rednecks furiosos, e agora uma garota herda uma mansão que supostamente pertenceu a alguém daquela família, e no porão dessa mansão reside Leatherface. Pra começar, façam as contas: o Leatherface do original, um filme de 1974, não poderia ter menos do que seus 35 anos. Neste novo filme, fica claro que a ambientação é em 2013, ou seja, 39 anos mais tarde. Logo, Leatherface deveria ser um senhor senil, provavelmente magro pela falta de alimentação adequada, e já deve ter passado dos 70 há algum tempo. Mas NÃO! Aqui temos um Leatherface ainda mais alto, forte e ágil do que há 39 anos atrás, que inclusive costura suas máscaras de couro na própria face, e conta com um arsenal de motosserras gigantes!!! É sério, minha gente, não há maneira possível neste planeta de um ser racional levar este filme a sério, uma produção porca e sensacionalista ao extremo, que só serve para sujar a imagem do original muito mais que as continuações e remakes fizeram; aliás, esse filme faz o remake e sua prequel parecerem obras de arte do horror! Vou parar por aqui antes que eu tenha um colapso, e deixo o aviso mais claro: mantenham-se LONGE deste filme! Se querem um filme de real terror, busquem O Massacre da Serra Elétrica original, de 1974, e não se atrevam a encarar essa diarréia cinematográfica. Nota: 0/5.

Enfim, após uns calmantes e um bom café, despeço-me mais uma vez! Concordam ou discordam dessas análises? Comentem abaixo, façam parecer que alguém lê esse blog, e quem sabe em breve eu volte com essa seção! See ya!

segunda-feira, 18 de março de 2013

Playlists supimpas #1: Músicas de nossas infâncias!

Salve, pessoal! Ontem o Guilherme, um dos administradores aqui do blog, completou 18 aninhos de idade! E nesse clima de chegada à vida adulta e lembranças, pensamos em um post especial: uma playlist reunindo músicas que ouvíamos frequentemente quando éramos pirralhos, seja na tv, em filmes ou simplesmente as pessoas ao nosso redor ouvindo sem parar!


Então, sem mais delongas, estas foram as músicas que mais lembramos ao montar a playlist:
  1. Nirvana - Smells Like Teen Spirit
  2. Billy Idol - Eyes Without a Face
  3. George Thorogood - Bad to the Bone
  4. BackStreet Boys - Everybody
  5. The Cardigans - Lovefool
  6. Twisted Sister - I Wanna Rock
  7. U2 - Beautiful Day
  8. Aerosmith - I Don't Wanna Miss a Thing
  9. Bon Jovi - It's My Life
  10. Oasis - Wonderwall
  11. Steppenwolf - Born to be Wild
  12. Aerosmith - Sunshine
  13. Twisted Sister - We're Not Gonna Take It
  14. Céline Dion - My Heart Will Go On
  15. Skid Row - I Remember You
  16. The Verve - Bitter Sweet Symphony
E clicando aqui vocês ainda acessam a playlist inteira no YouTube! Sim, juntamos essa regalia pra vocês, agora é a vez de vocês: o que acharam da nossa playlist? Teriam músicas a adicionar também? Usem o espaço de comentários pra nos dizer a opinião de vocês!