sábado, 24 de dezembro de 2011

MERRY CHRISTMAS!

Olá a todos vocês que pensaram que o blog tinha morrido! Não, ele não morreu!
Uma série de eventos durante esse ano (incluindo preguiça da minha parte e falta de tempo da parte do Ramone) impediu esse blog de ser atualizado com frequência, e isso me deixou um pouco triste. Mas não se desesperem, pois venho aqui para lhes desejar um feliz natal, como de costume!


Assim como fiz ano passado, deixo aqui uma música para marcar este post de Natal. A música da vez é a "Happy Xmas (War Is Over)" da carreira solo de uma das pessoas mais importantes de todos os tempos no mundo e na música: John Lennon. 





Confesso que me faltaram idéias para a música desse ano, mas creio que essa música seja perfeita para a data, ainda mais se tratando de um mestre como o Lennon.


Então, por hoje é só, volto aqui no ano novo pra lhes desejar um bom 2012! (E dessa vez não vou esquecer como ano passado, haha).


Até a próxima!

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Uma semana de nostalgia!

Olá pessoal, quanto tempo hein!?
Como hoje se "comemora" o dia das crianças, eu tive uma ideia, uma semana atrás, de postar um vídeo nostálgico por dia até hoje, totalizando 8 vídeos descrevendo uma infância orientada pela televisão, cinema e games. Então, vamos aos vídeos!

Primeiro dia, 05/10/2011:
Abertura brasileira de Os Cavaleiros do Zodíaco, versão cantada pela banda Angra, feita para o retorno triunfal dos protetores de Atena ao Brasil, pela Band e Cartoon Network em 2003/2004!


Segundo dia, 06/10/2011:
Abertura dublada de Mighty Morphin' Power Rangers! Sim, a primeira saga ocidental dos Rangers, e com certeza a melhor de todas! GO GO POWER RANGERS!!


Terceiro dia, 07/10/2011:
Introdução de Super Mario World 2: Yoshi's Island!
Uma verdadeira obra prima da era 16 bits, muito provavelmente o jogo mais lindo do Super Nintendo. Não há muito o que se comentar sobre isso - apenas JOGUEM!


Quarto dia, 08/10/2011:
Futebol Brasileiro 96!
Um dos mais famosos hacks brasileiros da história dos games, juntamente com seu clone Campeonato Brasileiro III! Quem não conhece as famosas expressões "TECANTEIO!", "FORTE BOMBA!", "OLEEE, GOLERO!" e a mais clássica de todas, "TIRÔ! PIRIIIIGOO!!!"? Simplesmente os melhores games de futebol já feitos!


Quinto dia, 09/10/2011:
Biker Mice From Mars!
E eu lhes apresento agora o melhor jogo de corrida do Super Nintendo! Claro, fãs de Super Mario Kart, Rock 'n' Roll Racing e Top Gear irão me atacar, mas nenhum desses jogos consegue ter o charme que BMFM tem. E tenho dito!


Sexto dia, 10/10/2011:
Abertura de Mr. Bumpy!
Quem lembra do Mister Bumpy? Ele era um monstro verde muito estranho que morava em um quarto e só aparecia quando os moradores da casa estavam dormindo. Ele tinha um amigo azul que saía da privada, e havia também um monstro feito de meias e roupas sujas que morava no closet do quarto! Realmente um grande clássico da grande onda de animações stop-motion dos anos 90, que infelizmente não teve o merecido destaque.


Sétimo dia, 11/10/2011:
The Legend of Zelda: A Link to the Past!
Foda-se Ocarina of Time, esse aqui é o melhor game da série!! Não há como explicar a jornada, o número absurdo de obstáculos e dificuldades no caminho que percorremos para derrotar Ganon e salvar a princesa Zelda junto com o mundo neste jogo!


E hoje, no que considero mais como o dia da INFÂNCIA e não necessariamente das crianças, deixo por fim o vídeo mais nostálgico que consigo imaginar, o que me traz melhores lembranças, de um tempo em que não tínhamos problemas, preocupações, apenas a vontade de viver, as esperanças por um bom futuro e uma vida de felicidade. É claro que estou falando de DRAGON BALL e DRAGON BALL Z, o melhor anime de todos os tempos!


 

E então é isso pessoal, sei que estamos pobres de posts ultimamente, mas... foda-se, eu estou sem tempo e o Guilherme tem preguiça de postar. É isso.

Carry on, e mantenham suas crianças vivas.

E em nome do grande gênio Steve Jobs, que perdemos semana passada:
mantenham-se famintos, mantenham-se tolos.

sábado, 3 de setembro de 2011

Os Não-Heróis de 2010

Olha só, esse blog não foi abandonado! Então eis-me aqui, em meio a trocentos trabalhos de programação para falar um pouco sobre quatro filmes lançados ano passado (um sobre os quais já falei anteriormente aqui) que são, digamos, comparados injustamente por terem um princípio básico em comum.


A linha de padrão entre essas 4 obras é bem básica: um cara simples, que se dá mal em praticamente tudo na vida, um dia percebe que as coisas não vão bem e resolve virar um herói igual os dos quadrinhos, só que sem poderes especiais nem nada. Essa é a premissa extremamente crua de cada um desses quatro filmes.

Isso é comum, histórias baseadas em uma premissa pré-determinada sempre foram comparadas como se fossem cópias umas das outras (o que em alguns casos até são), mas aqui eu notei uma injustiça maior ainda, o que levou três desses filmes a não alcançarem o merecido destaque na mídia e na boca do povo.

Pois bem, vou listá-los na ordem em que assisti, então comecemos com o meu favorito de todos e também membro do meu famoso Top Quartro de Melhores Filmes do Mundo de Todos Os Tempos Ever Da História do Ramone:

SCOTT PILGRIM CONTRA O MUNDO!

Para as duas pessoas que não sabem, Scott Pilgrim é a adaptação cinematográfica da uma graphic novel de 6 volumes lançados de 2004 a 2010 (cujo lançamento da última edição fez o filme ter o final regravado, by the way), contando a vida de um cara folgado, gamer e baixista de uma banda que descobre a garota dos seus sonhos e deve, literalmente, lutar por ela.

Eu já escrevi mais a fundo sobre a saga neste post aqui, então vou pular para a parte que interessa: onde entra Scott Pilgrim e sua vidinha preciosa nesse quarteto? Simples: ele é um cara anti-social, só simpatiza com seus amigos, falha na vida e é pisado por seu passado, porém algo acontece e Scott precisa crescer, precisa amadurecer e ficar forte para lutar contra a gigantesca mudança que Ramona Flowers causa em seu mundinho ao aparecer.

Mesmo assim, Scott Pilgrim acaba por ser o membro mais "deslocado" desses quatro, justamente por não focar tanto na parte do herói (que fica apenas como subjetiva no filme), mas na sua evolução como pessoa. Ele não precisa de um uniforme, uma arma ou nada do tipo - ele apenas luta igual nos games!

Aliás, deixem-me fazer deste parágrafo uma grande divagação que acabei fazendo esses dias, e que preciso compartilhar (SPOILERS ENORMES NO PRÓXIMO PARÁGRAFO, NÃO LEIA SE NÃO QUISER SABER DETALHES CRUCIAIS DA HISTÓRIA TODA):

Cheguei à conclusão de que a história pode ser interpretada como uma grande fantasia dentro da mente de Scott: ele não "lutou" literalmente com cada ex maligno da Ramona, mas ele os confrontou, ele a ajudou a superar o passado, a esquecer completamente Gideon que ainda representava algo para ela, e conseguiu assim o amor da moça, que se entrega completamente a ele. Seguindo esse ponto de vista, todas as lutas e demais surrealidades na história seriam apenas uma "válvula de escape" saída da mente de um cara viciado em games da era 16bit. Todos os ex seriam fantasmas do passado de Ramona: Patel, o primeiro beijo; Lucas Lee, o cara descolado; Todd, o bonitão; Foxy, a experiência lésbica; os irmãos Katayanagi como um caso de bigamia (aliás, deixo claro que esses caras foram a coisa mais mal aproveitada no filme, mas mesmo assim geraram uma ótima cena de batalha); e finalmente, Gideon, o primeiro real amor de Ramona. Ela realmente amava Gideon, e após o término do namoro e com a mudança de Ramona para o Canadá, ela teve que o esquecer, porém não foi tão fácil assim, o que a fez se tornar a garota amarga que vemos no filme. Foi somente com a ajuda de Pilgrim que ela conseguiu redescobrir o amor e superar seu passado de mágoas! E claro, também temos a parte de Scott, que, vejamos, se caracteriza por quatro garotas marcantes em sua vida (no filme): Kim, a antiga "peguete" que ele magoou sem querer; Envy, o antigo amor de Scott, que assim como aconteceu com Ramona e Gideon, acabou e não foi esquecido por um deles, deixando-o traumatizado; Knives, a tentativa de Scott de voltar ao mundo dos relacionamentos, de começar tudo de novo pelo jeito fácil e inocente, mas mesmo assim fazendo merda por não perceber que colocou esperanças demais na garota; e finalmente, Ramona, a garota que realmente simboliza a superação de Scott por todas essas desilusões amorosas e pela qual ele arriscaria sua vida. Mas é claro, isso tudo é apenas fruto de uma mente desocupada, porém é um ponto de vista a ser considerado.

Pois bem, concluindo: Scott Pilgrim vs The World apesar de destoar dos outros três filmes com certeza merece uma grande atenção, e vocês todos sabem por quê! Até porque, ele foi injustamente menosprezado no Brasil e em grande parte do mundo por "parecer uma cópia" do nosso próximo filme, que é...

...Kick-Ass!

Apesar de ser um grande filme, foi uma das maiores decepções que tive do cinema de 2010, justamente por ser TÃO falado mas não estar à altura dos comentários na internet. Mas vejamos:

aqui temos a história de Dave, um nerd clichê que ama uma gostosa clichê mas não tem a mínima chance com ela. Eis que, em um dia fatídico na loja de quadrinhos, Dave percebe o quão erradas as coisas estão no mundo, e a partir daí surge sua ideia de se tornar um herói urbano, um cara com fantasia colante sem superpoderes mas que bota ordem no galinheiro mesmo assim!

Com o passar do filme e o desenrolar dos fatos, Kick-ass (o nome que ele deu ao seu alter-ego de fantasia) recebe uma atenção cada vez maior da mídia, o que faz despertar o mesmo senso heroico em um pai viúvo e sua pequena filha. Os dois são podres de ricos e conseguem fazer uma espécia de Batman & Batgirl modernos, com apetrechos dignos do Senhor Ueine.

A diferença entre a família Macready e Dave Lizewski é que enquanto Dave quer fazer justiça para ser um cara foda parecido com os seus ídolos dos quadrinhos, Hit Girl e Big Daddy (se não me falha a memória, os nomes são esses) estão atrás é de vingança contra o chefe do crime organizado da cidade, que foi culpado da morte da senhora Macready e saiu impune.

Fãs do filme e dos quadrinhos que o originou devem estar querendo me comer vivo agora, então eu vou dizer logo: eu não revi o filme para escrever isso, muito menos li os quadrinhos, então se errei algo, apenas comentem educadamente aí embaixo, obrigado.

Enfim, o que me decepcionou muito nesse filme aqui foi o fato de que Dave Lizewski é um Peter Parker genérico, Big Daddy é um Batman mais emotivo (até a fantasia lembra ele) e o "chefaum finau" é um típico clichê de mestre do crime organizado que late ordens de seu escritório chique. Nada de novo, nem a grande moral do filme não conseguiu me fazer gostar desse filme, porém, ta aí. E falando em moral, agora é hora de falar do segundo maior destaque do dia:

Super!

Ok, este filme provavelmente não foi e não será lançado no Brasil, por motivos que não faço a mínima ideia.

Aqui temos a história de Frank D'Arbo, um antissocial extremamente religioso e seguidor dos bons costumes que vive com a mulher, a vagabunda Sarah, uma viciada em tratamento. Eis que um dia entra um Kevin Bacon sob a alcunha de Jacques em seu caminho, e Sarah, apaixonada pelo poder que o cara tem sobre o tráfico de drogas na cidade, larga Frank para morar com o fodão.

E é aqui que o filme realmente começa, em um ponto em especial que resume todo o resto do filme: deprimido pela perda da mulher, Frank começa a ficar paranoico, ter alucinações e todo o tipo de viagem mental, até que decide comprar um gibi e percebe o quanto o mundo parece melhor nas histórias em quadrinhos. Ele vê o bem que os super-heróis fazem, e, numa tentativa de consertar o lixo que é sua vida e ainda melhorar a sociedade em que vive, ele se torna o Crimson Bolt (Raio Flamejante, numa tradução porca -q).

Armado com sua perseverança e eterna paciência, o Crimson Bolt se esconde em cantos escuros pela cidade, esperando "algo acontecer". Não demora muito para ele ganhar a atenção da mídia (claro) e se tornar um meio-termo entre herói e ameaça (claro).

Mas eis que Libby (Ellen Page, sempre uma guria legal de se ver), a atendente da loja de quadrinhos, começa a adorar o Crimson Bolt como um Deus, e ao descobrir que ele é na verdade Frank, se torna a Boltie (Raiozinha, ou coisa assim :3), e passa a "ajudá-lo", sem convite, na luta contra o mal.

Mais uma vez, temos a mesma premissa do fracassado que veste uma fantasia para se tornar algo especial, desta vez avançando um pouco para alguém na casa dos 30, ao contrário dos anteriores que mostravam inocentes juvenis. Mas o diferencial de Super é a fortíssima carga psicológica e emocional centrada em Frank, o pobre Crimson Bolt. Toda a dor de ver a mulher ir para os braços de outro não parece sumir, temos a impressão de que Frank nunca superará isso, pois como acompanhamos, Frank considerava Sarah o amor de sua vida, porém a rotina monótona do american way of life deixou a mulher em depressão, e o carinho que ela possuía por ele foi a primeira coisa a desaparecer.

O spoiler a seguir contém praticamente todo o final do filme, não leia o próxima parágrafo inteiro se não assistiu ao filme.

Ao final do filme, Frank e Libby invadem a casa de Jacques durante a visita de um "superior" da rede de narcotráfico, e é durante a invasão dos dois que temos a maior surpresa do filme todo: Boltie é morta por um tiro certeiro na cara, e aqui ficamos paralisados ao ver o close na cabeça de Libby, arrebentada pelo tiro no olho. Frank então encarna algo que seria o elo perdido entre MacGyver e Han Solo, e decide entrar com tudo e estourar a porra toda. E ele realmente consegue, com vários ferimentos, mas consegue! Então o final do filme mostra mais uma coisa que não esperávamos: Frank consegue "resgatar" Sarah das garras de Jacques, a leva para casa sã e salva e passa a ter uma vida saudável e feliz com a mulher que ama. Só que algumas semanas passam e a mesma sensação de depressão volta a assombrar Sarah, que desta vez, ciente do dano que causou no cara (e dessa vez um pouco mais agradecida após ele ter praticamente salvo a mulher de uns disparos), resolve simplesmente ir embora pacificamente, e manter uma amizade saudável com Frank ao mesmo tempo em que constrói uma nova vida, sem drogas, com um novo marido e até filhos. E aqui entra a grande sacada do filme: todo o lance de Crimson Bolt, Boltie, as mortes e tudo mais foram coisas figuradas na mente de Frank! Após perder a mulher para um chapado, ele caiu em um estado tão forte de depressão que fantasiar tudo isso foi o único jeito que ele achou de passar por toda a barra que é perder um amor. Mesmo assim, Frank encontrou forças em si para seguir em frente, buscar Sarah e colocá-la em uma reabilitação, o que desta vez realmente salvou a vida dela. Temos aqui, senhores, a mesma máxima que Sucker Punch apresentou de forma bem aberta, só que de forma mais implícita: a criação de todo um universo para suprimir uma dor insuportável em alguém muito especial.

Bom, basicamente, Super é isso, um cara legal demais que nunca recebeu um sorriso da vida mas que parece viver bem com isso. Nesse filme percebe-se a forte carga religiosa, determinante para o momento em que Frank decide se tornar o Crimson Bolt. Um dos grandes destaque de 2010 na minha opinião, mas que infelizmente passou batido pela grande massa. E aliás, isso me lembra o quarto e último filme de hoje...

...Defendor!

O que é Defendor, para começo de conversa? Para a indústria de distribuição brasileira, um filme de comédia genérico com um gordo engraçado vestido de super-herói. O que o filme realmente é? Uma grande crítica à maneira como os excepcionais são tratados na sociedade atual, e com praticamente zero de comédia no total.

Aqui temos o caso de Arthur Poppington, que narra, de um consultório psiquiátrico, a sua história como Defendor, o herói das ruas e becos escuros. Desde o princípio percebe-se que Arthur tem problemas mentais, um certo retardo, mas o principal: ele é uma criança em um corpo de adulto, nada mais, nada menos. E como tal, tudo o que ele quer é livrar o mundo do mal, que na visão dele é representado pelo maligno Capitão Indústria.

Certa noite, Defendor salva uma jovem garota de programa de ser espancada e possivelmente morta por seus amigos/fornecedores de drogas/clientes/cafetões/ou sei lá o que eram. Ele decide então deixar a garota morar com ele em sua garagem, uma daquelas típicas warehouses para aluguel tão comuns nos Estados Unidos, onde Arthur mora de favor.

Arthur então conta para Kat (que tem o mesmo nome da atriz que a interpreta, Kat Dennings, outra guria super simpática mas que infelizmente não faz tanto sucesso) o que o motivou a se tornar Defendor: sua mãe era uma viciada em drogas, e devido a uma frase de seu pai que ele entendeu errado ("Ela foi morta por eles... os capitães das indústrias..."), Arthur persegue o tal Capitão Indústria, que ele não faz ideia de quem seja. E aqui Kat, para tirar com a cara dele, diz que um certo figurão do crime da cidade (que por coincidência acaba por ser o maior chefe do narcotráfico e do comércio de prostituição de estrangeiras daquela região do país, tudo num só cara) é o tal Capitão Indústria, e então Defendor decide começar sua batalha final contra o suposto homem que matou sua mãe.

A tagline do filme pode ser usada como uma mensagem de moral já pré-definida: "Fight back!" (algo como "Lute de volta", "Não deixe por menos", ou coisa parecida), o que significa que devemos nos impor à violência, já que estamos tão acostumados a conviver com ela em todos os lugares da sociedade. Vemos violência em tudo, todo o tempo, e nada muda, nunca, e por que? Porque ninguém se opõe. Mas pra mim, essa mensagem acaba ficando secundária, e outra acaba se destacando mais ainda.

Arthur, como já disse antes é uma criança crescida, mas não amadurecida. Ele apenas sabe a diferença entre certo e errado, porém somente isto já lhe basta para ter uma vontade sem fim de mudar o mundo como o conhecemos. Aqui vemos um Woody Harrelson novamente arrebentando todo o elenco com sua atuação carismática, seus trejeitos próprios para o personagem e sua confiança total em si mesmo.

E aqui eu acabo com minhas palavras sobre estes filmes tão incríveis mas ao mesmo tempo tão equivocadamente descartados pela maioria! Claro que sempre há mais a se falar num contexto diferente, porém dentro desse aqui, creio ter atingido meu limite para o momento, haha.

Cheeryo!

domingo, 31 de julho de 2011

John Carpenter's The Ward (Aterrorizada)


Bom, de volta com os reviews de filmes! E que forma melhor de fazer esse retorno se não falando do retorno de um dos grandes mestres do horror moderno, John Carpenter? Pois bem, assisti esse filme numa madrugada sem internet, certo de que Carpenter jamais me decepcionaria.

E querem saber?

EU ESTAVA ERRADO!

Posso não ter assistido todos os filmes dirigidos e/ou escritos pelo grande João Carpinteiro, mas com certeza esse aqui foi o pior de todos! É clichê atrás de clichê, atuações forçadíssimas, efeitos horríveis e um final tão sem graça e usado que chega a dar náuseas. Pois bem, vamos à história dessa desgraça!

O filme começa no Instituto Psiquiátrico de North Bend, em 1966, quando a jovem Tammy (poucos personagens tem sobrenome nesse filme, e esta não é um deles) é assassinada por alguma coisa que não pode ser vista pela câmera. Corta para os créditos, numa linda montagem de fotos com vidros quebrados. Então entra em cena Kristen (Amber Heard, horrível), a qual teremos que aguentar pelo resto do filme. Ela está no meio do mato, correndo, com ferimentos pelo corpo todo. Então ela bota fogo em dois lençóis (usando uma caixa de fósforo que deve ter caído do céu, ou algo assim) e na cena seguinte, ela está de frente a uma enorme casa de fazenda em chamas. A polícia chega (detalhe para um dos policiais que diz "é ela", sinal de que a guria estava sendo procurada) e a leva para o hospital psiquiátrico da primeira cena. Detalhe para o fato de ela não saber o que diabos está acontecendo.

Ao chegar lá, Kristen conhece as outras pacientes, todas as problemáticas de sempre: temos a antipática, a desenhista gente boa, a criança e a chapada. À noite, após revelar-se uma grande rebelde ao não tomar seus remédios, Kristen está dormindo quando sua coberta é puxada para baixo da cama. Ela acorda, e ao puxar a coberta de volta, encontra alguns daqueles cubinhos de letras usados em chaveiros, pulseiras, colares e etc. As letras A, C, E, I e L estão nesses cubos. Com o passar dos dias no hospital, Kristen vai descobrindo que o lugar é assombrado pelo fantasma de uma tal Alice Hudson. E é então que a tal fantasma começa a matar uma a uma as garotas, e Kristen tem que "desvendar o mistério" antes de ser morta também.

Falem a verdade: isso não é praticamente igual a MUITOS outros filmes que você já viu?

Sustos fáceis e completamente previsíveis, a velha de história de mocinha sem sal que se mete no caminho da vingança de um fantasma, mesmo ela não sabendo o motivo dessa vingança, um final "surpreendente", enfim, são vários os clichês que se empilham a cada minuto que se passa desse filme.

Mas a maior cara-de-pau foi o final. Quem não viu o filme ainda e não quer saber do final não leia o próximo parágrafo, pois nele vou revelar pontos importantes da história.

Acontece que após todas as mulheres serem assassinadas, Kristen chega ao escritório do doutor-chefe do hospital e este a diz que o tempo todo foi apenas ela a única internada lá, e seu nome é Alice Hudson. ISSO MESMO! Alice foi sequestrada e feita de escrava sexual durante um longo tempo. Após conseguir escapar, ela deu um jeito de voltar à casa onde estava presa e tacou fogo no lugar, e foi aí que ela perdeu a memória. Devido ao forte trauma de toda a violência que sofreu, Alice criou múltiplas personalidades dentro de sua mente para tentar escapar da realidade (oi Sucker Punch), porém elas acabaram por "matar" a Alice original, fazendo-a se esquecer de tudo. E foi aí que ela criou Kristen, sua nova personalidade que entraria em cena para fazer todas as personalidades entrarem em conflito, eliminando uma a uma até que só restasse uma (OI IDENTITY). Ao final do filme, Alice recebe alta e é levada pra casa pelos pais (que até então não tinham aparecido). A última cena mostra Alice no banheiro, e ao abrir a o armário do espelho, Kristen a puxa gritando e o filme acaba.

Não dá pra acreditar que o gênio que nos brindou com obras como Halloween, They Live, Escape From New York, The Fog, Christine, The Thing (mesmo sendo este uma refilmagem) e tantos outras possa ter feito algo tão baixo quanto este filme. Realmente uma grande decepção.

Ao que me parece, o mercado de horror está se inovando. Grandes mestres estão caindo (Carpenter, Romero, Hooper) e novas mentes brilhantes estão surgindo (Eli Roth, Alexandre Aja, Edgar Wright, entre outros).

Será que ainda poderemos confiar no grande Carpenter para algum futuro novo filme? Só o tempo dirá.

Trailer:

segunda-feira, 18 de julho de 2011

2 anos de Roach on the Wall!

Dois anos, gurizada! Pois é, nem eu nem o Guilherme achamos que um blog tão tosco quanto este aqui pudesse durar tanto tempo, mas olha só! Me lembro muito bem de julho de 2009, quando uma onda de blogs de meninas de 14 anos infestou a internet brasileira. Eram todos iguais: resumos do que elas faziam no seu dia-a-dia, como se alguém estivesse lá esperando apenas para ler e ficar a par de suas vidas comuns mas que para elas eram "diferentes". Eis que nós nos enchemos de tanta palhaçada e decidimos, como bons desocupados, finalmente por em prática nossa vontade de fazer um blog em conjunto, e o resultado é esta merda que você lê agora!

Como o tempo passa, nós evoluímos, e como a evolução humana geralmente elimina cada vez mais o tempo livre que temos, o blog anda meio parado de uns meses pra cá. Mas nós decidimos que, ao invés de lotar isso aqui com dezenas de pequenos posts sem muita importância, iremos nos focar em posts mais trabalhados, extensos e com um conteúdo interessante. Esperamos que nossos 5 leitores fiéis se mantenham fiéis com essas pequenas mudanças (:

Eu planejava aqui fazer uma análise detalhada sobre uma grande obra de arte que influenciou muito na criação do blog: o disco The Wall, do Pink Floyd. Mas, a já mencionada falta de tempo me impediu de escrever algo à altura, então fica para outra oportunidade.

Bom, como esse é só um post inaugural do novo layout do blog, vou me despedindo por aqui, mas ainda essa semana pretendo postar alguma análise qualquer aqui no blog! E um obrigado muito especial ao nosso brother Danilo por fazer um banner decente mais uma vez para o blog! o/

Abraços a todos, e que a barata se mantenha firme no muro!
Carry on!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Game Review: Wolfenstein 3D



Olá todos vocês que ainda acompanham esse blog abandonado! Por motivos de falta de tempo (e de preguiça), tenho postado muito pouco aqui desde a segunda metade de 2010. E não vou prometer voltar a postar com frequência, mas vou fazer o possível pra deixar pelo menos um ou dois posts por mês aqui.


E já que minhas férias começaram e estão um tédio, por que não fazer um review de algum game foda? Pois é exatamente o que farei, pois já fazem quase dois anos que não posto um game review aqui no Roach!


Eis então o game da vez: Wolfenstein 3D.



Pra quem não conhece, Wolfenstein 3D foi o pioneiro da categoria "First Person Shooter" (Tiro em Primeira Pessoa) nos jogos. Ainda há duvidas quanto a qual jogo foi o primeiro "FPS", mas podemos dizer que, dentro dos padrões que conhecemos hoje em dia nesse gênero, Wolfenstein 3D foi quem começou tudo.
Desenvolvido pela id Software, o jogo segue o mesmo modelo que seria visto depois no clássico Doom (que é considerado o sucessor do Wolfenstein 3D, até mesmo por ter sido lançado apenas um ano depois deste, e de ter sido desenvolvido pela mesma id Software): ande pelo cenário, passe por portas enormes, vasculhe as salas para achar chaves, munição, itens de cura e salas secretas, e, o mais importante, atire em tudo o que atirar em você.



A história se passa na Segunda Guerra Mundial. O jogador controla o agente secreto aliado William "B.J." Blazkowicz,  que foi capturado e preso no castelo Wolfenstein. Ao longo do jogo, B.J. terá que escapar do castelo para, assim, descobrir informações secretas sobre os nazistas, como experimentos bizarros que estavam sendo realizados em seres humanos. Apesar dessa história por trás do jogo, seu objetivo em cada fase é apenas matar os inimigos, encontrar as chaves das portas de cor cinza e encontrar a saída, até chegar na nona fase do capítulo, onde o objetivo é eliminar o boss final.



O jogo possui 6 capítulos, com uma variedade diferente de inimigos e um boss final diferente em cada um deles, mas o capítulo mais conhecido do jogo talvez seja o terceiro: “Die, Führer, Die!”. O motivo? 




Bom, o boss desse capítulo é ninguém menos que Adolf Hitler! Sim, além da ousadia de ter cenários lotados de suásticas, Wolfenstein 3D foi o primeiro (e talvez único) jogo que nos deu a chance de matar o Führer, e ganha muitos pontos com isso!
Originalmente, Hitler era o último boss do jogo, mas devido ao grande sucesso do game, a id Software lançou mais três capítulos, denominados “The Nocturnal Missions”, que se passam antes dos três capítulos originais (ainda não terminei esses três capítulos em questão, então não sei muito mais que o básico sobre eles).
Além do Führer, temos outros bosses, como Hans Grosse (conhecido por gritar “Guten Tag!” assim que aparece), Dr. Schabbs (um cientista louco que desenvolvia um exército de zumbis, inimigos esses que aparecem aos montes no segundo capítulo), e até a irmã de Hans, Gretel Grosse (que usa as mesmas armas e tem quase a mesma aparência que o irmão).



Talvez por limitações da época (até mesmo por ser o primeiro game do gênero), Wolfenstein 3D não tem muitas variedades de cenários, inimigos e armas, sendo essa última categoria a que mais sofre com falta de opções.
Durante o jogo, estão disponíveis uma faca (a arma mais fraca, que serve apenas pra transmitir uma falsa sensação de segurança quando as balas acabam), uma pistola, uma metralhadora e uma Chaingun (netralhadora giratória). O grande problema é que todas as armas de fogo usam a mesma munição, ou seja, se as balas da Chaingun acabarem, as outras armas também ficarão sem munição. Isso torna as coisas um pouco difíceis, visto que a munição é um pouco escassa, e só é encontrada em abundância nas salas secretas, que são difíceis de serem encontradas na primeira vez que se joga.




Tecnicamente, Wolfenstein 3D é um jogo muito simples e primitivo, com gráficos muito fracos se analisados hoje em dia, mas que consegue divertir muito a quem gosta de First Person Shooters. Mesmo com seu controle um pouco duro e limitado, e com sua dificuldade alta em algumas partes, não há como não se viciar. O único problema é a dificuldade que se tem para jogá-lo hoje em dia, visto que ele foi lançado originalmente para MS-DOS, e em computadores mais novos, só é possível fazer o game funcionar com programas que emulam games em DOS, como o DOS-Box.


Como dito antes, Wolfenstein 3D foi lançado para PC, rodando em DOS, mas depois foi convertido para inúmeras plataformas, como 3DO, Atari Jaguar,  e até mesmo Game Boy Advance e Super Nintendo. Porém, a versão do SNES foi massacrada de forma inaceitável pela censura inútil da Nintendo (que estragou vários outros jogos ao censurá-los, como Mortal Kombat). Todas as menções a nazismo, como suásticas e fotos de Hitler, foram retiradas do jogo, além do sangue ter sido 100% removido de todos os inimigos. Felizmente, a versão do GBA é uma conversão fiel à versão do PC, apresentando o mesmo jogo lançado originalmente para PC.



Quatro meses depois do lançamento de Wolfenstein 3D, a id Software lança uma continuação: Spear Of Destiny. Essa continuação ainda apresenta o herói de Wolf 3D, B.J., e pretendo falar sobre ela algum dia, assim que eu tiver a oportunidade de jogá-la. A id ainda lançaria uma outra continuação, baseada na engine do Quake III: Arena, quase 10 anos depois, entitulada Return To Castle Wolfenstein. Outro game muito bom, que também pretendo fazer um texto falando a respeito.
Depois de Wolfenstein 3D e Spear Of Destiny, a id provou que conseguiria fazer algo ainda melhor, e nos presenteou com Doom, o jogo que implantou muitas das regras que conhecemos nos FPS hoje em dia, e que se tornou um clássico imortal, gerando duas sequências, sendo Doom 3 um dos games mais revolucionários em sua época de lançamento (e sendo meu jogo preferido de todos os tempos, haha).



Se lendo este artigo você se interessou, não perca tempo! Wolfenstein 3D consegue ser um jogo incrivelmente viciante, mesmo sendo ultrapassado e beirando seu aniversário de 20 anos. Jogos como esse são a prova viva de que gráficos lindos não são sinônimo de diversão ou de um jogo melhor (ouviram, fãs de Modern Warfare 2? HAHAHAHA).


A quem se interessou pelo jogo, aí vai um gameplay:





E já que falei tanto de Doom nesse post, meu próximo Game Review será sobre ele (só não faço idéia de quando o farei). Aguardem!


Então é isso, termino aqui meu primeiro post depois de mais de oito mil anos sem postar! Eu sei que o post de hoje ficou meio vazio e sem inspiração, mas com o tempo eu melhoro isso...
E não se esqueçam, o aniversário de 2 anos do Roach está próximo!


Té mais o/

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Jogos viciantes! - Project Zomboid

Olá pessoas! Após um grande intervalo de posts (e em meio a um final de semestre bem fudido na faculdade), cá estou com um novo projeto, uma nova categoria de posts no Roach on the Wall: jogos que não conseguimos parar de jogar! São horas, horas e mais horas a fio em frente à tela, entretidos com esses jogos tão criativos. Começarei com um jogo bem recente e que conheci semana passada: Project Zomboid!


Project Zomboid é um jogo de sobrevivência tática, feito em Java e com gráficos ao estilo Habbo. Ainda em fase pré-alpha (a que eu consegui é a 0.1.4a), o jogo já se mostra muito viciante. Você controla um homem comum, sobrevivendo com sua mulher ferida em meio ao ataque de incansáveis mortos-vivos, dia após dia. Há algumas direções que o jogo indica, mas não precisa se preocupar: você pode quebrar a linearidade a qualquer momento!

Cansou de ficar conversando com sua esposa num quarto chato? Simplesmente saia e tente se aventurar na cidade contaminada, completamente sozinho! Mas antes de tudo, antes mesmo do jogo começar, você é avisado de uma coisa apenas: você VAI morrer!


Ainda cheio de bugs, mas salvo disso por estar em desenvolvimento, Project Zomboid é aquele jogo que você começa a jogar, se vicia rapidamente, morre, começa de novo, depois morre de novo, e assim por diante... por horas!

Há um sistema de crafting aqui também, você pode juntar itens do seu inventório para criar ferramentas, preparar comida, curativos, e várias outras coisas.

Rolou uma grande confusão na Indiestone (desenvolvedora do jogo) durante essas últimas semanas, o que causou o jogo a ser distribuído gratuitamente com o selo de Demo. Na verdade, é a mesma versão 0.1.4c que qualquer pessoa que comprou a licença antecipada possui. A razão disso é que por se tratar de um estúdio independente, os caras simplesmente não tem grana pra dar conta de tudo e ainda ter que se importar com a pirataria, então o que eles fizeram?


Deixaram o jogo como um freeware temporário, enquanto as coisas se ajeitam, para que assim ele possa se espalhar mais rapidamente que a própria peste zumbi!
Diga-se de passagem, uma boa e oportuna jogada, assim muito mais pessoas que não gostam de piratear jogos podem conhecer o jogo.

Vocês podem ver um FAQ sobre o acontecido (todo em inglês, claro) clicando aqui e aqui há uma notícia semelhante um pouco anterior.

Enfim, aqui vai um (extenso) gameplay do jogo que achei no YouTube. Não há muito o que se dizer sobre Project Zomboid, mas uma coisa é certa: é um título que vale cada uma das inúmeras horas de diversão que proporciona!

terça-feira, 10 de maio de 2011

10 anos de Boca Do Inferno!



ALÔ VOCÊS MEUS DOIS LEITORES! Depois de três meses sem aparecer aqui, apareço para lembrar a vocês que hoje, dia 10 de maio de 2011, o maior portal de horror do Brasil, Boca Do Inferno, completa uma década de existência!


Muitos de vocês podem não conhecer, mas esse é um dos sites de maior importância na minha vida, pois foi graças a ele que passei a me interessar ainda mais pelos sagrados horror movies, além de que, se ele não existisse, eu jamais teria conhecido o Ramone na comunidade do site no Orkut (!), e a barata jamais teria subido no muro!


Abaixo, um vídeo da foderástica equipe do site, falando sobre os dez anos do Boca Do Inferno:



E encerro esse post por aqui, com um pedido de desculpas, por estar relaxado com o Roach, e estar  postando uma vez a cada três meses apenas =/.


Inté a próxima.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

ESTE POST CONTÉM DESESPERO!!!

O FATO DE EU NÃO TER CRIATIVIDADE PARA CRIAR UMA INTRODUÇÃO LEGAL ME DEIXOU EM DESESPERO!!!!!!

Ok, agora podemos começar!
Primeiramente, estou estudando em dois horários e isso me priva um pouco de poder escrever com mais frequência aqui pro blog.

O desespero em questão é em virtude de Sayonara, Zetsubou Sensei, um anime muito foda que conheci há um tempo e venho assistindo. A história é simples: o cotidiano de uma classe com meninas estranhas, cada uma com uma personalidade única, regidas pelo professor Itoshiki Nozomu, um homem amargurado pela vida que sempre vê o lado pessimista de tudo. No primeiro episódio, descobrimos que o nome "Nozomu" quando escrito na horizontal, forma a palavra "Zetsubou", que significa "desespero". A cada episódio, algum fato leva o professor Itoshiki a repetir uma sequência de olhares e ao final dizer "ZETSUBOU SHIDA!!!" e o motivo que o levou a entrar em desespero.

Esse é um daqueles animes em que a história não tem propriamente um fim determinado, ela apenas segue em frente. Então, caso seja cancelada, não haverá pontas soltas nem nada do tipo.


O que faz de SZS tão mágico é a fortíssima carga de críticas sociais e sátiras a elementos da cultura japonesa e mundial. Desde cenas completamente sem sentido envolvendo Yagami Raito até a famosa cena do chuveiro do clássico Psicose, vemos muitas coisas conhecidas por todos (ou algumas só conhecidas no Japão) serem hilariamente satirizadas por Nozomu e suas alunas.

Outro grande ponto alto (para mim) é o nível de depressão e tristeza que Nozomu apresenta. Ele SEMPRE tem algo inteligente a dizer sobre a humanidade, a sociedade, cultura, economia, tudo! Desde sua apresentação no primeiro episódio, onde cria todo um clima de drama para falar ao vento enquanto pétalas de flores das árvores caem, até os momentos mais triviais onde ele fala coisas completamente filosóficas como se não fossem nada, Itoshiki Nozomu mostra por quê é um professor.

Mas ele não foi o único personagem que me prendeu ao anime, claro que não... Na verdade, as alunas são realmente o meu tipo de personagem, cada uma de uma forma diferente claro, mas uma em especial se destaca: Komori Kiri!

A começar pelo próprio nome, Kiri é uma hikikomori, ou seja, uma pessoa que prefere passar a vida isolada enrolada em um cobertor dentro do quarto e que tem pavor das demais pessoas. Ela é meiga, fofa, linda e delicada como mais ninguém no anime todo. Cada aparição sua faz bater mais forte o coração deste que vos escreve e ....

OK, CHEGA!!

Felizes agora? u_u


O anime foi dividido em várias temporadas: a primeira chama-se Sayonara Zetsubou Sensei; após essa temporada foi exibido um especial de uns 3 minutos mostrando supostas cartas de fãs para o estúdio que criou o anime, pedindo outra temporada. Em seguida vem [Zoku] Sayonara, Zetsubou Sensei, que seria a segunda temporada (a qual estou assistindo atualmente). Após essa há uma série de OVAs conhecida como Goku Sayonara, Zetsubou Sensei. A terceira temporada chama-se Zan: Sayonara Zetsubou Sensei, e após essa temporada foram lançadas mais alguns OVAs para cumprirem um papel de "temporada 3.5", e a eles se deu o título de Zan: Sayonara, Zetsubou Sensei Bangaichi. Lembrando que antes disso tudo houve os mangás, sobre os quais não sei muita coisa.

Well, isso foi um pouco de Sayonara, Zetsubou Sensei. Aliás, agradeço aos poopers Guilhox e Wender por terem me influenciado (indiretamente e sem saberem) a conhecer o anime, muito obrigado ae gurizada :3

Carry on!

Clique para ampliar

domingo, 20 de março de 2011

Burke & Hare!

Esta é uma história real... exceto pelas partes que não são!

Hello, you guys! Sem tempo para uma introdução bem feita-- venho aqui nesta madrugada de terça para quarta-feira, após quase ter sido assaltado na volta da faculdade, para lhes falar sobre um filme muitíssimo peculiar lançado recentemente: Burke & Hare!

Primeiramente, falemos da equipe: a direção é de ninguém menos do que John Landis, um dos grandes cineastas do horror e suspense dos anos 80, diretor do clássico "Um Lobisomem Americano em Londres", fazendo aqui seu primeiro trabalho em mais de 20 anos!

No elenco, grandes personalidades: meu ídolo-mor da comédia, Simon Pegg, estrela ao lado de Andy Serkis como os dois personagens-título! Além deles, temos também Jessica Hynes Stevenson, antiga companheira de Pegg no clássico britcom" Spaced" (sobre o qual falarei detalhadamente, um dia), Tom Wilkinson, Bill Bailey, Tim Curry e até mesmo uma participação especial do mestre Christopher Lee!


Quanto à sinopse: William Burke (Pegg) e William Hare (Serkis) são dois vagabundos trambiqueiros que não conseguem emprego nenhum, e só vivem de charlatanismos. Até o dia em que um inquilino da esposa de Hare, a bela Lucky (Jessica Stevenson, aqui creditada como Jessica Hynes) morre, e cabe a eles despacharem o corpo. Sem ideia do que fazer com o cadáver do velho, eles vão à taverna encher a cara e descobrem que um médico da cidade está disposto a pagar por corpos frescos que sejam entregues a ele, para fins de dissecamento em aulas. Só para constar, ao início do filme, um carrasco nos mostra a situação atual do departamento médico da cidade: um dos maiores e mais antiquados professores-cirurgiões, o Professor Monro (Curry) conseguiu um mandado que lhe garantia exclusividade sobre todos os defuntos da cidade, o que deixou o também médico e professor de medicina Dr. Knox (Wilkinson) com o cu na mão.

EIS QUE Burke e Hare entram em contato com o Dr. Knox, e passam a servir-lhe corpos recém-mortos para suas aulas, o que lhe garantirá uma maravilhosa vantagem sobre seu nêmesis, Professor Monro. Além disso, Joseph Nicephore (Allan Dorduner), um excêntrico francês, descobre um meio de registrar permanentemente as descobertas do Dr. Knox: por meia da maravilhosa técnica da FOTOGRAFIA!
Os negócios vão muito bem obrigado, quando Burke conhece Ginny Hawkins (Isla Fisher), uma atriz amadora que planeja encenar Macbeth apenas com mulheres. Burke se apaixona por ela e promete financiar sua peça, mesmo não tendo condições para tanto (esse fato deixa uma dúvida: teria sido Burke um ancestral de Bill Gates? HAHAHA).

Além de toda essa situação, Burke e Hare são "abduzidos" por Danny McTavish e seu lacaio, Fergus, que exigem parte do lucro sobre os cadáveres. Em troca, eles não deixarão ninguém interferir no "serviço" dos dois, porém, caso algo saia contra a vontade de McTavish, ele os matará. Feito o trato, os dois William passam a matar várias pessoas na calada da noite e levar os corpos para o Dr. Knox, que progride cada vez mais em seus estudos sobre o corpo humano.


Essa é a sinopse ~básica~ que consigo tirar do filme, com alguns spoilerzinhos, mas nada demais. Fato é que essa história é baseada em fatos reais: tais crimes todos ocorreram, porém alguns nomes foram adulterados no filme, e muitos detalhes foram adicionados para se ter uma maior área para se trabalhar. Mesmo assim, aliás, até mesmo se fosse uma história fictícia, Burke & Hare funciona de uma maneira tão linda que é como se estivéssemos vendo as coisas como realmente aconteceram, com toques extras de humor negro.

Simon Pegg aqui prova definitivamente que não precisa de Nick Frost a seu lado para ser o destaque do elenco, seja nas cenas sérias, seja nas cômicas, seja nas emotivas. Mesmo que seu talento não seja aproveitado a um nível tão grande como quando os dois trabalham juntos, aqui ele consegue se destacar dos demais nesses mesmos fatores citados.

Não pesquisei muito a fundo a história original, então não sei se as cenas em que os destinos de cada personagem são contados é verídica, mas que são realmente muito fodas, isso são. Deram um jeito até de enfiar Darwin na porra toda!


Enfim, esse é Burke & Hare, definitivamente não é dos melhores filmes de 2010, mas com certeza vale assistir. Não espere pouco, não espere muito, o melhor aqui é ficar em cima do muro mesmo, pois se você não for fã do Pegg como eu sou, talvez se decepcione. E claro, não esqueça de prestar atenção nos hilários sotaques irlandeses da dupla principal, com direito a falas marcantes como HOLY SHAIT!! e coisas do tipo.

Carry on!

terça-feira, 1 de março de 2011

Discos que todo mundo deveria ouvir! (parte 1)

Hail! Venho aqui hoje para mostrar a vocês alguns discos de diversos estilos (quase todos provindos do rock 'n' roll, claro) que, em minha opinião, servem como uma "escola" para quem quer aprender a gostar de boa música. Então, vamos lá!

Pink Floyd: The Wall

Neste disco duplo conceitual, Roger Waters nos conta a história de um músico que depois de sofrer opressão por parte da mãe, dos professores e da mulher, constrói um muro dentro de si, separando-o do mundo exterior. Nem tenho muito o que falar sobre esse disco, é praticamente meu disco favoritos no mundo todo! A sonoridade, as letras, a história em si, cada detalhe... é tudo tão lindo, uma música dá continuidade à anterior com perfeita sincronia. Destacam-se: Another Brick on The Wall partes I, II e III, The Happiest Days of Our Lives, In The Flesh? e Mother no disco 1, e Comfortably Numb, Hey You, In The Flesh e Run Like Hell no disco 2.

Led Zeppelin - Led Zeppelin I

O disco de estreia de uma das mais importantes bandas da história do rock com certeza merece destaque aqui. O Led aqui mostra-se jovem, com vigor, tipo de imagem que se fixaria no próprio rock 'n' roll em si, e deixando um pouco o aspecto hippie calminho dos anos 60. Esse tipo de mudança radical na sonoridade e estilo do rock também foi ajudada pelo Black Sabbath. Os solos da guitarra de Jimmy Page, os vocais loucos de Robert Plant, o balanço de John Paul Jones e a bateria destruidora de John Bonham compoem este disco singular, indispensável para qualquer fã do verdadeiro rock 'n' roll. Destacam-se Communication Breakdown, Good Times, Bad Times, Dazed and Confused e You Shook Me.

The Ramones - The Ramones

Ah, chegamos à minha banda favorita! Embora aqui eu não mostre meu disco favorito deles, trago a sua estreia, o disco-título da banda que os fez famosos em New York em 1975! Gravado em mono, com o baixo saindo do lado esquerdo e a guitarra do lado direito, o disco contém 14 músicas que se tornariam clássicos do punk rock essencial. A abertura, com o famoso hino ramônico Blitzkrieg Bop, é de arrebentar, e assim o disco se mantem, num ritmo sempre alto e sempre enérgico. Destacam-se a já citada Blitzkrieg Bop, Beat on the Brat, 53rd & 3rd, Listen to my Heart, Today Your Love, Tomorrow The World e Judy is a Punk.

Iron Maiden - Brave New World

Muitos fãs do Maiden vão ficar putinhos por eu destacar esse álbum, e não o Powerslave ou algum outro dos anos dourados. Mas pra mim, esse cd gravado e lançado em 2000 com toda a certeza merece um destaque maior que o que possui. Foi o disco que ressuscitou o Iron Maiden, depois do buraco sem fim em que a banda se meteu com a entrada de Blaze Bayley nos vocais, lá por 1993. Aqui, além da volta de Bruce Dickinson, temos também de volta Adrian Smith, deixando o Maiden agora com três guitarras, que alternam entre si nos solos de cada música, completando-se e mostrando técnicas diferentes que se combinam em uma só! Destaques do disco: The Wicker Man, Blood Brothers, Brave New World e a linda Dream of Mirrors.

AC/DC - T.N.T.

Que se foda Back in Black: esse aqui SIM é um disco PERFEITO para conhecer a maior banda de Hard Rock da história! Lançado somente na Austrália em 1976, T.N.T. nada mais é do que uma compilação dos dois primeiros discos da banda (High Voltage e Dirty Deeds Done Dirt Cheap, e estou falando das versões australianas dos mesmos), uma espécie de coletânea com as músicas que fizeram mais sucesso até então. Fica difícil destacar faixas, já que TODAS aqui são incríveis e se tornaram clássicos. Mas, fico com Rocker, High Voltage, School Days e TNT.


Então é isso pessoal, espero que tenham curtido minha lista, e quem não conhece nada disso aqui, vá procurar agora mesmo! Fiz esse post mais com a ideia de divulgar bandas clássicas do que para realmente falar dos discos, então, mexam-se! Talvez em breve, eu ou o Guilherme façamos mais posts como esse, mas por enquanto, contentem-se com isto! (E parabéns de novo ao Jensen Ackles \o/)
Carry on!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Happy Valentines Day!

Então, só passando para desejar um bom dia dos namorados (que é hoje no resto do mundo e em 12 de junho no Brasil) e pra repassar este vídeo MUITO foda que todo mundo está postando por ae (inclusive Edgar Wright! *-*)


Também relembramos hoje o aniversário do meu ídolo Simon Pegg, que completa hoje seus 41 aninhos! Parabéns, mestre, que você viva muito mais e continue nos fazendo felizes com seu talento!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

127 Horas (127 Hours) - Por Alyson Xyzyz


Análise por Alyson Xyzyz

A cada segundo da rodagem de “127 horas” me despertava uma forte alusão aos diretores Sean Penn e Darren Aronofsky. Imaginei o primeiro realmente dando vida ao ambiente dentro do personagem, como fez com Christopher McCandless em Na Natureza Selvagem e pus na ideia Aronofsky pegando as ilusões de Aron e de fato as colocando a fundo como fez com Sara Goldfarb em Requiem para um Sonho. Porém, não despertou a vontade de ter outro diretor para nos mostrar o dom de infundir seu material com uma energia vibrante e de manter o interesse narrativo através da imagem como faz Danny Boyle. Uma pena oscilar como o deserto, tendo sua imagem a 50°C e sua subjetividade a 0°C.
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127 horas, então, parece ser a combinação perfeita de desafiar o material e os recursos de Boyle que traz uma história de vida com sua abordagem que abre leques a uma profundidade nunca infusa. Danny sempre foi um cineasta vistoso tendo sua própria tendência, mas sua narrativa sempre apresenta a dificuldade de chegar à complexidade que as cenas materialmente aparentam ter. O roteiro de “127 horas” sofre de problemas bem semelhantes ao de Quem quer ser um Milionário? O texto sempre apresenta alguns elementos de situações previsíveis que geram outras ainda mais previstas e que, mesmo que seja filmada de maneira extremamente original e ao estilo visceral da câmera de Boyle, acabam tendo uma subjetividade rasa e que raramente consegue atingir o pico da abstração das cenas.
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O Objeto de Boyle é Aron Ralston (James Franco), um aventureiro de 28 anos de idade que, em 2003, estava caminhando sozinho no Blue John Canyon em Utah, quando escorregou e, posteriormente, encontrou-se no fundo de uma fenda estreita com o seu braço direito preso entre uma pedra solta e as paredes do cânion. O fato é que a maioria das pessoas já conhece o método de fuga de Aron (Aqui um exemplo de Previsão que caminha para mais momentos previsíveis) antes de qualquer coisa.

Além disso, O título do filme se refere à quantidade de tempo que ele passou naquela fenda, com pouca comida ou água, resistindo noites de frio e da crescente percepção de que ninguém estava vindo para resgatá-lo. E óbvio que essa percepção cresce para o espectador também, o que anula totalmente a seqüência“CGIzada” da chuva com efeito neutro e dispensável .
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As mesmas características podem ir para os personagens. O espectador não tem a possibilidade de apego nenhum à figura principal, que dirá as demais que passam diante da tela, sem espaço para construção e até mesmo sem coerência com o modo que um personagem se relaciona com o outro. Talvez por isso que a tentativa crucial de Aron para se libertar da pedra é somente visual e não sentimental, o que um equilíbrio entre ambos sensores poderia resultar num momento ainda mais profundo. Ainda assim, há uma tensão como nós esperávamos. Em seus raros momentos de horror, 127 Horas consegue nos prender nessa fenda com Aron e nos faz marcar os minutos e horas até chegar o inevitável. Para deixar o filme dinâmico são usadas as distrações visuais de Boyle pela maneira que ele transforma o sofrimento num estranho conto em que Aron sofre as ilusões nas chamas de sua própria mente que seu espírito transcende a vida e as pessoas com quem compartilhou momentos marcantes.
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Boyle também enfrenta o desafio principal do filme de como preencher as 127 horas, para a monotonia do aprisionamento não transformar o filme em um furo e o refúgio disso é o seu hábito visual, rejeitando a noção do tempo real em favor de uma implacável edição. Com a fotografia nas mãos de Enrique Chediak e Anthony Dod Mantle, às vezes, essa abordagem funciona perfeitamente, com as imagens distorcidas e ângulos inclinados desenhando a desidratação da mente de Aron. Em outros momentos, o filme se foca tanto nisso, que não estabelece fusão com a experiência emocional e espiritual de Aron.

Outra curiosidade é como a trilha sonora distorce determinadas situações em algumas cenas, que às vezes esmaga a ação na tela. Em certos momentos de tensão a trilha não coincide com o ato e chegamos a conclusão que visualmente e sonoramente, 127 Horas muitas vezes fica em contradição consigo mesma, competindo por nossa atenção.
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As coisas só não pioram porque Boyle tem um ator magnífico chamado James Franco, cujo desempenho como Aron fornece o coração do filme e mantém seus batimentos. Franco transmite um rapaz convencido, confiante e por isso um tanto imprudente que tem sua confiança testada ao extremo quando ele é preso. E James consegue isso com uma facilidade incrivel, ainda mais convicto em situações de entusiasmo, já que o roteiro não proporciona um drama tão profundo como poderia ter, mas ainda assim a brincadeira com a câmera simulando uma entrevista beira a genialidade.
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O que nem chega perto de ser genial é o momento mais aguardado do filme que só serve para fechar a ausência de abstração que Danny Boyle não consegue passar desde seu ultimo trabalho. Sei que o texto que acabara de ler é cheio de contradições, entre elogios e desleixos de minha parte, mas a perfeição das imagens são incontestáveis, mas se o filme tivesse mais uns dez minutos já estaria me embrulhando o estômago, algo que, numa cena com uma premissa desconcertante não acontece (que é a ultima atitude para sobreviver de Aron). Pode cansar os olhos, mas nunca atingir nosso coração.
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Chego então a conceito de que o filme de Boyle mais uma vez apresenta um cinema muito superficial, num estilo próprio incompleto, que não atende todas as necessidades de uma boa obra e que, por mais que capriche em tantos quesítos ainda falha no roteiro, que pode não ser a alma de todos os filmes, mas aqui senti a necessidade de ter a minha transportada para dentro do Cânion e ficar preso na pedra junto ao personagem.
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Nota 7,5

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Fãs Idiotas

Hello everybody! Venho hoje para falar de algo que anda me incomodando ultimamente: gente que não sabe ser fã.


Primeiramente, o que é ser fã? A meu ver, ser fã é curtir demais alguma coisa, fazer daquela coisa uma das suas preferidas, saber defender e saber ver os defeitos (lembrem: NADA é livre de erros). Um fã normal sabe que provavelmente nunca terá contato direto com seu ídolo. Eles apenas admiram o trabalho dos artistas, reconhecem críticas dos outros (mesmo não concordando e às vezes até ficando irritados), mas mesmo assim se mantém como fãs.

Mas por que estou explicando isso? Simples: hoje em dia esse tipo de fã está cada vez mais raro. Os fãs "modernos" substituem o vazio de suas vidas com a adoração a alguém que faz algo que eles gostariam de fazer, mas não tem coragem (capacidade todos temos) ou chance para ir adiante. Eles não aceitam críticas sobre seus ídolos, são falsos, arrogantes e hipócritas ao extremo, pois acham que pertencem à outra categoria de fãs. Também se julgam no direito de se proclamarem "os melhores fãs" (lembram daquela história de "fã número 1? pois é), e qualquer pessoa que não seja tão fã quanto elas, é chamada de poser.


Bom, eu posso não ter ouvido todos os discos do Metallica, mas e daí? Eu fui ao show ano passado e adorei, foi um dos melhores dias da minha vida. Mesmo assim, Metallica (junto com Tankard) é uma das únicas bandas de thrash metal que eu gosto, pois as outras que ouvi desse estilo achei horríveis. Sou poser agora? Foda-se!

Para complementar uma parte do meu texto (e até resumí-lo), vou fazer algo que muitos """""CULTS""""" de internet passaram a fazer de uns tempos pra cá: vou quotar PC Siqueira. É, vou pegar uma frase que ele disse em um de seus vídeos e postar aqui, porque compreendo e concordo com ela completamente, e não para deixar meu post e meu blog mais "cults" para vocês. Enfim, é o seguinte:

Aí uma coisa que muito me intriga, é a necessidade das pessoas de acreditar que os seus ídolos são pessoas perfeitas. Parece que se você tem um ídolo ele não pode fazer nada de errado porque ele é a sua única esperança de que existem pessoas perfeitas no mundo. Bom, então deixa eu te contar uma coisa: a maioria das pessoas famosas elas usam drogas, e fazem coisa que sei lá, Jesus não aprova. A diferença é que ela não mostra pra você. A única diferença entre um ídolo infantil e um cidadão filho da puta comum, é que o ídolo infantil não mostra as coisas feias que eles fazem, e o cidadão comum a maioria das coisas que você vê é as coisas feias que eles fazem. A gente tem uma mania incrível de conseguir ver o pior das outras pessoas e o melhor da gente, ou daquilo que a gente gosta. Como se pra gostar de alguma coisa ela tivesse que ser perfeita, livre de falhas, e etc. Sei lá, você gosta da sua mãe e seu pai, e sua mãe e seu pai já fizeram muita coisa de errado na vida. Sério, sua mãe e seu pai já devem ter tomado altos porres, sua mãe deve ter saído com vários cafajestes antes de encontrar o seu pai, o seu pai pode se um cafajeste, você também pode se tornar um. Porque nesse mundo todo mundo é filho da puta, é tudo uma questão de quanto ela consegue não demonstrar isso. 

Sacaram? Se quiserem ver o vídeo, cliquem aqui.


Mas aí vocês dizem "Ah, mas tu viu Fanboys e achou maravilhoso, onde está o seu Deus agora?".

Peraí, peraí... Fanboys, para quem não sabe, é um filme de 2008 que fala sobre fãs árduos de Star Wars que planejam roubar uma cópia crua de A Ameaça Fantasma meses antes da estréia. Mas o que é diferente, é que aqui trata-se de um filme, aliás, não só isso, mas um filme-homenagem à saga Star Wars, feito por uma equipe e elenco de fãs da saga! É ficção, mas serve como uma base figurada para mostrar o quanto Star Wars é importante na vida dos fãs (e o quanto A Ameaça Fantasma estava sendo esperado, pra vocês terem uma pequena ideia de como foi a decepção na época...).

Não é um filme que quer mostrar que eles são mais fãs do que todo mundo, é um filme que quer mostrar que fãs de verdade vão até o final! Mas claro, é um filme, não é a realidade. Na vida real, nem todos os fãs são capazes de grandiosidades por seus ídolos, mesmo que alguns façam loucuras às vezes. Claro, tem também o fator amizade, a união do grupo de amigos no filme para passar por tudo, isso é bem comum e sempre é uma coisa em alta nesses filmes. Independente disso, esperam que tenham entendido o porquê de eu ter citado o filme aqui: é um exemplo de como fãs de verdade devem agir, sendo pessoas, e não desses seres do tipo AIN VEJO O FILME DESDE QUE NASCI, VOCÊ VIU UMA VEZ E NÃO SABE NADA.


Finalizando com mais uma imagem hipster de Tumblr/We♥It, digo só para que vocês pensem muito a respeito de seus ídolos. Eles NÃO SÃO livres de erros, eles NÃO SÃO completos exemplos de pessoas a se seguir. Vocês, assim como eles, são pessoas únicas, e como tais, devem ter cada um o seu estilo de vida. Se seu ídolo é um babaca e você o admira, não copie-o. Faça um favor ao mundo e seja o oposto do que ele é, para não ter que passar pelas mesmas merdas que ele passou (e se mesmo assim você ignorar e fizer isso, vai acabar se fodendo do mesmo jeito). Claro, todo mundo se fode, mas qual o sentido que cometer o mesmo erro que você já viu alguém cometer?



Pensem sobre isso.

Você tem um cérebro na cabeça.
Você tem pés nos calçados.
Você pode se encaminhar a qualquer direção que quiser.


E até mais!





domingo, 16 de janeiro de 2011

Megapost #5 - 4 Surpresas e decepções de 2010

Here I am! Em novo ano, mas no mesmo lugar (péssima frase de entrada, eu sei.)! Muito tempo sem postar, muita preguiça, muita falta de assunto, coisas se acumulando... but finally, achei coisas para completar um Megapost decente para vocês! :D
A primeira e importantíssima coisa de hoje a se falar é: SCOTT PILGRIM!
Mas você deve estar se perguntando: "quem diabos é Scott Pilgrim e por quê eu deveria me importar?". Bem, Scott Pilgrim é o astro de uma série de graphic novels criadas por Bryan Lee O'malley, e publicadas de 2004 a 2010 pela ONI Press. E você deveria se importar porque elas são realmente FODAS!


A história gira em torno de Scott Pilgrim, um jovem canadense de 23 anos que, ao começo da história, está namorando uma estudante chinesa de 17 chamada Knives Chau. Scott tem uma banda, a Sex Bob-omb, e apesar de eles acharem que são horríveis, na verdade eles são fodásticos! Scott também vive em um quarto minúsculo com seu colega de quarto Wallace Wells, com quem também divide a única cama que possuem. Porém, a vida de Scott Pilgrim vira de cabeça para baixo quando ele começa a sonhar com uma misteriosa garota de patins e cabelo rosa. Um dia na biblioteca com Knives, Scott vê a tal garota e descobre que ela é real, americana e seu nome é Ramona Flowers. Após conseguir informações sobre ela, Scott a leva para sair e os dois começam a namorar. Porém, Scott ainda não terminou com Knives. Além disso, ele descobre que 7 ex-namorados de Ramona formaram a "Liga dos Ex Malignos", e Scott terá que enfrentar e derrotar todos se quiser realmente ficar com Ramona. Será ele capaz de derrotar todos em nome do amor que sente por Ramona? Ou ele desistirá de tudo e tentará voltar com sua vida normal? O que acontecerá a Knives? Bom, é disso que tratarei a seguir!

É muito difícil falar de algo que você gosta muito, principalmente quando essa coisa faz parte da sua vida há pouco tempo. Assim é falar de Scott Pilgrim para mim: eu me identifico um pouco com cada personagem, vejo tantas qualidades e tão poucos defeitos, sinto vontade de estar lá, no lugar de Scott, e ah, tantas outras emoções. Scott é um cara tão comum e ao mesmo tempo tão diferente, tão foda e ao mesmo tempo tão idiota, e tão fraco e ao mesmo tempo tão forte. É um tipo de personagem que, na minha humilde opinião, merecia mais destaque. Claro, desde o início é jogado na nossa cara, de forma totalmente sem vergonha que Scott é, de fato, o herói da história, e isso é um clichè-breaker muito legal de se ver. O normal em produções, seja livros, filmes ou games, é que a história deixe um certo suspense: "será que o herói vai conseguir ser o herói mesmo?", mas mesmo com essa pergunta, tudo aponta diretamente para o fato de que sim, tudo vai acabar muito bem. Aqui, claro, tem tudo isso, mas os rumos que a história toma, de tão incomuns, de tão ilógicos e de tão incríveis, conseguem REALMENTE nos fazer perguntar: "será que Scott é realmente o herói e vai se dar bem no final?".


Mas eis que em 2010, antes mesmo da graphic novel ter seu último exemplar lançado, um intrépido diretor chamado EDGAR WRIGHT (SIM! O mesmo gênio por trás de Spaced, Shaun of the Dead e Hot Fuzz, mas desta vez sem a companhia de seus amigos de longa data Simon Pegg e Nick Frost) resolve trazer Scott Pilgrim para o cinema! Com um orçamento enorme e um elenco não realmente famoso, mas com certeza competente, SCOTT PILGRIM VS THE WORLD (título que originalmente era da edição #2) chegou às telas mundiais em agosto de 2010. Porém, sofrendo uma rasteira impiedosa, o filme fracassa nas bilheterias e é alvo certeiro de críticos pomposos.

Algumas grandes mudanças puderam ser vistas na adaptação, mas não vou citá-las aqui para evitar spoilers. Em suma, pode-se dizer que a história foi resumida a um básico, sem a aprofundação em coadjuvantes que a graphic novel possui. MAS, claro, isso não quer dizer que o filme seja ruim, muito pelo contrário: Scott Pilgrim vs The World é uma verdadeira aula sobre como adaptar uma HQ para o cinema, mudar o que for preciso e mesmo assim se manter fiel e com o mesmo clima da história original. Sobre as atuações, não há nada o que reclamar: Michael Cera FINALMENTE fez um papel diferente do típico nerd calado e tímido de seus outros filmes e com certeza se superou como Scott; Mary Elizabeth Winstead, que eu só conhecia da merda que alguns ousam chamar de filme Premonição 3, aqui encarna uma Ramona não tão simpática quanto a original, mas com certeza tão linda, sexy e carismática quanto; Kieran Culkin, o irmão mais novo do Macaulay, é outro enorme destaque vivendo o colega de quarto de Scott, Wallace. Kieran pode não ter muito a ver fisicamente com o Wallace original, mas com certeza soube transmitir todo o humor negro que o personagem condiz; além desses 3, há muitos outros personagens, mas para não me prolongar mais, vou deixar que vocês vejam por si mesmos!

Enfim, isso é apenas o básico que consigo falar por agora sobre a preciosa vidinha de Scott Pilgrim. Como eu disse, é difícil falar de algo que você gosta tanto e conhece há tão pouco tempo, mas acho que isso aqui foi um bom começo.

Bom, a esta altura do texto eu resolvi continuar apenas fazendo um pequeno resumo de cada boa supresa e cada decepção que tive no cinema em 2010. Antes de mais nada, acho que a parte aí de cima prova que Scott Pilgrim foi a melhor surpresa do ano, rere, então vamos lá:

The Runaways: o filme que conta a história da banda finalmente saiu, estrelando Kristen Stewart como Joan Jett e sua amiga Dakota Fanning como Cherie Currie, respectivamente, guitarrista base e vocalista da banda. O filme com certeza foi uma das melhores coisas no cinema do ano, conduz a história muito bem, porém tem alguns defeitos sobressalentes, como por exemplo, o fato de o filme ser mais centrado nas duas integrantes supracitadas do que na banda em si. Na verdade, não é nem mostrada uma cena em que a baixista e guitarrista solo integram a banda (e mesmo assim, elas praticamente não falam nada no resto do filme mesmo). Também vale lembrar que o gênero do filme é drama, então não espere um Detroit Rock City da vida, pois o que parece estar em foco aqui é realmente o drama de Cherie em ver sua vida mudar completamente pela fama. Mas no mais, o filme vale muito a pena, só recomendo que ignorem o habitual subtítulo brasileiro (GAROTAS DO ROCK), e assistam tranquilos.


Outra GRANDE boa surpresa de 2010 foi Inception, filme dirigido por Christopher Nolan e estrelando Leonardo DiCaprio (em um papel praticamente igual ao que fez em Shutter Island neste mesmo ano, mas ignoremos este fato, por enquanto). O filme é literalmente um viagem no subconsciente humano, mostrando experiências e ações realizadas dentro dos sonhos. A trama complexa, as boas atuações, o nível de envolvimento que o filme transmite, tudo funciona perfeitamente. Os efeitos especiais também fazem o seu papel muito bem. No mais, um filme que deve ser visto e revisto, com muitos detalhes que podem passar batidos na primeira vez que se assiste.



Agora falemos de coisas que não me agradaram em 2010, e a primeira é, infelizmente: Machete! Lançado originalmente como um trailer fake na megaprodução Grindhouse (formada pelos filmes Planeta Terror e À Prova de Morte, que, CLARO, foram lançados separadamente no Brasil, sendo que o segundo levou 3 anos para chegar aqui) feito por Robert Rodriguez, um dos idealizadores do projeto juntamente com seu miguxo Quentin Tarantino. Pois bem, o trailer falava de Machete, um ex-policial mexicano que teve a família morta diante de seus olhos por um bandido malvadão, e que após isso, foi dado como morto e passou a viver ilegalmente nos Estados Unidos. Um dia, porém, um cara misterioso o contrata para assassinar um influente político. Mas porém no entanto contudo, Machete é traído por seu próprio chefe, e passa a ser perseguido. Agora, é a hora da vingança! Bom, uma única frase resume este filme: o trailer é melhor! E por quê? Simplesmente porque grande parte das boas cenas do filme estão nele, e pouquíssima coisa foi adicionada no filme. É muito bom sim ver Danny Trejo em um papel principal (após 94857438957895789534579 papéis secundários como algum capanga fortão meio mexicano), e o negócio todo da trama envolvendo ilegais mexicanos até que funciona, mas o filme não passa disso. Não há muito mais ação do que no trailer, é como você ver um anúncio de uma pizza de quatro queijos que diz "recheio surpresa" mas quando você compra e come, o recheio é só mais um pouquinho de queijo.

Bom, basicamente é isso. Estes foram os 4 filmes que mereceram mais destaque, em minha opinião, para aparecer no post, e mesmo assim, já ficou extenso demais. Aliás, gostaria de corrigir: na parte 1 do Megapost #4 (mais precisamente, este aqui) eu cometi uma falha catastrófica: citei a música "In My Life", do disco American IV de Johnny Cash, como sendo uma obra dele, quando na verdade trata-se de uma regravação. A original foi gravada pelos Beatles, então, peço que me perdoem por isso >:
No mais, era só isso, e que tenhamos um bom 2011 :D

Cheeryo