quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Fãs Idiotas

Hello everybody! Venho hoje para falar de algo que anda me incomodando ultimamente: gente que não sabe ser fã.


Primeiramente, o que é ser fã? A meu ver, ser fã é curtir demais alguma coisa, fazer daquela coisa uma das suas preferidas, saber defender e saber ver os defeitos (lembrem: NADA é livre de erros). Um fã normal sabe que provavelmente nunca terá contato direto com seu ídolo. Eles apenas admiram o trabalho dos artistas, reconhecem críticas dos outros (mesmo não concordando e às vezes até ficando irritados), mas mesmo assim se mantém como fãs.

Mas por que estou explicando isso? Simples: hoje em dia esse tipo de fã está cada vez mais raro. Os fãs "modernos" substituem o vazio de suas vidas com a adoração a alguém que faz algo que eles gostariam de fazer, mas não tem coragem (capacidade todos temos) ou chance para ir adiante. Eles não aceitam críticas sobre seus ídolos, são falsos, arrogantes e hipócritas ao extremo, pois acham que pertencem à outra categoria de fãs. Também se julgam no direito de se proclamarem "os melhores fãs" (lembram daquela história de "fã número 1? pois é), e qualquer pessoa que não seja tão fã quanto elas, é chamada de poser.


Bom, eu posso não ter ouvido todos os discos do Metallica, mas e daí? Eu fui ao show ano passado e adorei, foi um dos melhores dias da minha vida. Mesmo assim, Metallica (junto com Tankard) é uma das únicas bandas de thrash metal que eu gosto, pois as outras que ouvi desse estilo achei horríveis. Sou poser agora? Foda-se!

Para complementar uma parte do meu texto (e até resumí-lo), vou fazer algo que muitos """""CULTS""""" de internet passaram a fazer de uns tempos pra cá: vou quotar PC Siqueira. É, vou pegar uma frase que ele disse em um de seus vídeos e postar aqui, porque compreendo e concordo com ela completamente, e não para deixar meu post e meu blog mais "cults" para vocês. Enfim, é o seguinte:

Aí uma coisa que muito me intriga, é a necessidade das pessoas de acreditar que os seus ídolos são pessoas perfeitas. Parece que se você tem um ídolo ele não pode fazer nada de errado porque ele é a sua única esperança de que existem pessoas perfeitas no mundo. Bom, então deixa eu te contar uma coisa: a maioria das pessoas famosas elas usam drogas, e fazem coisa que sei lá, Jesus não aprova. A diferença é que ela não mostra pra você. A única diferença entre um ídolo infantil e um cidadão filho da puta comum, é que o ídolo infantil não mostra as coisas feias que eles fazem, e o cidadão comum a maioria das coisas que você vê é as coisas feias que eles fazem. A gente tem uma mania incrível de conseguir ver o pior das outras pessoas e o melhor da gente, ou daquilo que a gente gosta. Como se pra gostar de alguma coisa ela tivesse que ser perfeita, livre de falhas, e etc. Sei lá, você gosta da sua mãe e seu pai, e sua mãe e seu pai já fizeram muita coisa de errado na vida. Sério, sua mãe e seu pai já devem ter tomado altos porres, sua mãe deve ter saído com vários cafajestes antes de encontrar o seu pai, o seu pai pode se um cafajeste, você também pode se tornar um. Porque nesse mundo todo mundo é filho da puta, é tudo uma questão de quanto ela consegue não demonstrar isso. 

Sacaram? Se quiserem ver o vídeo, cliquem aqui.


Mas aí vocês dizem "Ah, mas tu viu Fanboys e achou maravilhoso, onde está o seu Deus agora?".

Peraí, peraí... Fanboys, para quem não sabe, é um filme de 2008 que fala sobre fãs árduos de Star Wars que planejam roubar uma cópia crua de A Ameaça Fantasma meses antes da estréia. Mas o que é diferente, é que aqui trata-se de um filme, aliás, não só isso, mas um filme-homenagem à saga Star Wars, feito por uma equipe e elenco de fãs da saga! É ficção, mas serve como uma base figurada para mostrar o quanto Star Wars é importante na vida dos fãs (e o quanto A Ameaça Fantasma estava sendo esperado, pra vocês terem uma pequena ideia de como foi a decepção na época...).

Não é um filme que quer mostrar que eles são mais fãs do que todo mundo, é um filme que quer mostrar que fãs de verdade vão até o final! Mas claro, é um filme, não é a realidade. Na vida real, nem todos os fãs são capazes de grandiosidades por seus ídolos, mesmo que alguns façam loucuras às vezes. Claro, tem também o fator amizade, a união do grupo de amigos no filme para passar por tudo, isso é bem comum e sempre é uma coisa em alta nesses filmes. Independente disso, esperam que tenham entendido o porquê de eu ter citado o filme aqui: é um exemplo de como fãs de verdade devem agir, sendo pessoas, e não desses seres do tipo AIN VEJO O FILME DESDE QUE NASCI, VOCÊ VIU UMA VEZ E NÃO SABE NADA.


Finalizando com mais uma imagem hipster de Tumblr/We♥It, digo só para que vocês pensem muito a respeito de seus ídolos. Eles NÃO SÃO livres de erros, eles NÃO SÃO completos exemplos de pessoas a se seguir. Vocês, assim como eles, são pessoas únicas, e como tais, devem ter cada um o seu estilo de vida. Se seu ídolo é um babaca e você o admira, não copie-o. Faça um favor ao mundo e seja o oposto do que ele é, para não ter que passar pelas mesmas merdas que ele passou (e se mesmo assim você ignorar e fizer isso, vai acabar se fodendo do mesmo jeito). Claro, todo mundo se fode, mas qual o sentido que cometer o mesmo erro que você já viu alguém cometer?



Pensem sobre isso.

Você tem um cérebro na cabeça.
Você tem pés nos calçados.
Você pode se encaminhar a qualquer direção que quiser.


E até mais!





domingo, 16 de janeiro de 2011

Megapost #5 - 4 Surpresas e decepções de 2010

Here I am! Em novo ano, mas no mesmo lugar (péssima frase de entrada, eu sei.)! Muito tempo sem postar, muita preguiça, muita falta de assunto, coisas se acumulando... but finally, achei coisas para completar um Megapost decente para vocês! :D
A primeira e importantíssima coisa de hoje a se falar é: SCOTT PILGRIM!
Mas você deve estar se perguntando: "quem diabos é Scott Pilgrim e por quê eu deveria me importar?". Bem, Scott Pilgrim é o astro de uma série de graphic novels criadas por Bryan Lee O'malley, e publicadas de 2004 a 2010 pela ONI Press. E você deveria se importar porque elas são realmente FODAS!


A história gira em torno de Scott Pilgrim, um jovem canadense de 23 anos que, ao começo da história, está namorando uma estudante chinesa de 17 chamada Knives Chau. Scott tem uma banda, a Sex Bob-omb, e apesar de eles acharem que são horríveis, na verdade eles são fodásticos! Scott também vive em um quarto minúsculo com seu colega de quarto Wallace Wells, com quem também divide a única cama que possuem. Porém, a vida de Scott Pilgrim vira de cabeça para baixo quando ele começa a sonhar com uma misteriosa garota de patins e cabelo rosa. Um dia na biblioteca com Knives, Scott vê a tal garota e descobre que ela é real, americana e seu nome é Ramona Flowers. Após conseguir informações sobre ela, Scott a leva para sair e os dois começam a namorar. Porém, Scott ainda não terminou com Knives. Além disso, ele descobre que 7 ex-namorados de Ramona formaram a "Liga dos Ex Malignos", e Scott terá que enfrentar e derrotar todos se quiser realmente ficar com Ramona. Será ele capaz de derrotar todos em nome do amor que sente por Ramona? Ou ele desistirá de tudo e tentará voltar com sua vida normal? O que acontecerá a Knives? Bom, é disso que tratarei a seguir!

É muito difícil falar de algo que você gosta muito, principalmente quando essa coisa faz parte da sua vida há pouco tempo. Assim é falar de Scott Pilgrim para mim: eu me identifico um pouco com cada personagem, vejo tantas qualidades e tão poucos defeitos, sinto vontade de estar lá, no lugar de Scott, e ah, tantas outras emoções. Scott é um cara tão comum e ao mesmo tempo tão diferente, tão foda e ao mesmo tempo tão idiota, e tão fraco e ao mesmo tempo tão forte. É um tipo de personagem que, na minha humilde opinião, merecia mais destaque. Claro, desde o início é jogado na nossa cara, de forma totalmente sem vergonha que Scott é, de fato, o herói da história, e isso é um clichè-breaker muito legal de se ver. O normal em produções, seja livros, filmes ou games, é que a história deixe um certo suspense: "será que o herói vai conseguir ser o herói mesmo?", mas mesmo com essa pergunta, tudo aponta diretamente para o fato de que sim, tudo vai acabar muito bem. Aqui, claro, tem tudo isso, mas os rumos que a história toma, de tão incomuns, de tão ilógicos e de tão incríveis, conseguem REALMENTE nos fazer perguntar: "será que Scott é realmente o herói e vai se dar bem no final?".


Mas eis que em 2010, antes mesmo da graphic novel ter seu último exemplar lançado, um intrépido diretor chamado EDGAR WRIGHT (SIM! O mesmo gênio por trás de Spaced, Shaun of the Dead e Hot Fuzz, mas desta vez sem a companhia de seus amigos de longa data Simon Pegg e Nick Frost) resolve trazer Scott Pilgrim para o cinema! Com um orçamento enorme e um elenco não realmente famoso, mas com certeza competente, SCOTT PILGRIM VS THE WORLD (título que originalmente era da edição #2) chegou às telas mundiais em agosto de 2010. Porém, sofrendo uma rasteira impiedosa, o filme fracassa nas bilheterias e é alvo certeiro de críticos pomposos.

Algumas grandes mudanças puderam ser vistas na adaptação, mas não vou citá-las aqui para evitar spoilers. Em suma, pode-se dizer que a história foi resumida a um básico, sem a aprofundação em coadjuvantes que a graphic novel possui. MAS, claro, isso não quer dizer que o filme seja ruim, muito pelo contrário: Scott Pilgrim vs The World é uma verdadeira aula sobre como adaptar uma HQ para o cinema, mudar o que for preciso e mesmo assim se manter fiel e com o mesmo clima da história original. Sobre as atuações, não há nada o que reclamar: Michael Cera FINALMENTE fez um papel diferente do típico nerd calado e tímido de seus outros filmes e com certeza se superou como Scott; Mary Elizabeth Winstead, que eu só conhecia da merda que alguns ousam chamar de filme Premonição 3, aqui encarna uma Ramona não tão simpática quanto a original, mas com certeza tão linda, sexy e carismática quanto; Kieran Culkin, o irmão mais novo do Macaulay, é outro enorme destaque vivendo o colega de quarto de Scott, Wallace. Kieran pode não ter muito a ver fisicamente com o Wallace original, mas com certeza soube transmitir todo o humor negro que o personagem condiz; além desses 3, há muitos outros personagens, mas para não me prolongar mais, vou deixar que vocês vejam por si mesmos!

Enfim, isso é apenas o básico que consigo falar por agora sobre a preciosa vidinha de Scott Pilgrim. Como eu disse, é difícil falar de algo que você gosta tanto e conhece há tão pouco tempo, mas acho que isso aqui foi um bom começo.

Bom, a esta altura do texto eu resolvi continuar apenas fazendo um pequeno resumo de cada boa supresa e cada decepção que tive no cinema em 2010. Antes de mais nada, acho que a parte aí de cima prova que Scott Pilgrim foi a melhor surpresa do ano, rere, então vamos lá:

The Runaways: o filme que conta a história da banda finalmente saiu, estrelando Kristen Stewart como Joan Jett e sua amiga Dakota Fanning como Cherie Currie, respectivamente, guitarrista base e vocalista da banda. O filme com certeza foi uma das melhores coisas no cinema do ano, conduz a história muito bem, porém tem alguns defeitos sobressalentes, como por exemplo, o fato de o filme ser mais centrado nas duas integrantes supracitadas do que na banda em si. Na verdade, não é nem mostrada uma cena em que a baixista e guitarrista solo integram a banda (e mesmo assim, elas praticamente não falam nada no resto do filme mesmo). Também vale lembrar que o gênero do filme é drama, então não espere um Detroit Rock City da vida, pois o que parece estar em foco aqui é realmente o drama de Cherie em ver sua vida mudar completamente pela fama. Mas no mais, o filme vale muito a pena, só recomendo que ignorem o habitual subtítulo brasileiro (GAROTAS DO ROCK), e assistam tranquilos.


Outra GRANDE boa surpresa de 2010 foi Inception, filme dirigido por Christopher Nolan e estrelando Leonardo DiCaprio (em um papel praticamente igual ao que fez em Shutter Island neste mesmo ano, mas ignoremos este fato, por enquanto). O filme é literalmente um viagem no subconsciente humano, mostrando experiências e ações realizadas dentro dos sonhos. A trama complexa, as boas atuações, o nível de envolvimento que o filme transmite, tudo funciona perfeitamente. Os efeitos especiais também fazem o seu papel muito bem. No mais, um filme que deve ser visto e revisto, com muitos detalhes que podem passar batidos na primeira vez que se assiste.



Agora falemos de coisas que não me agradaram em 2010, e a primeira é, infelizmente: Machete! Lançado originalmente como um trailer fake na megaprodução Grindhouse (formada pelos filmes Planeta Terror e À Prova de Morte, que, CLARO, foram lançados separadamente no Brasil, sendo que o segundo levou 3 anos para chegar aqui) feito por Robert Rodriguez, um dos idealizadores do projeto juntamente com seu miguxo Quentin Tarantino. Pois bem, o trailer falava de Machete, um ex-policial mexicano que teve a família morta diante de seus olhos por um bandido malvadão, e que após isso, foi dado como morto e passou a viver ilegalmente nos Estados Unidos. Um dia, porém, um cara misterioso o contrata para assassinar um influente político. Mas porém no entanto contudo, Machete é traído por seu próprio chefe, e passa a ser perseguido. Agora, é a hora da vingança! Bom, uma única frase resume este filme: o trailer é melhor! E por quê? Simplesmente porque grande parte das boas cenas do filme estão nele, e pouquíssima coisa foi adicionada no filme. É muito bom sim ver Danny Trejo em um papel principal (após 94857438957895789534579 papéis secundários como algum capanga fortão meio mexicano), e o negócio todo da trama envolvendo ilegais mexicanos até que funciona, mas o filme não passa disso. Não há muito mais ação do que no trailer, é como você ver um anúncio de uma pizza de quatro queijos que diz "recheio surpresa" mas quando você compra e come, o recheio é só mais um pouquinho de queijo.

Bom, basicamente é isso. Estes foram os 4 filmes que mereceram mais destaque, em minha opinião, para aparecer no post, e mesmo assim, já ficou extenso demais. Aliás, gostaria de corrigir: na parte 1 do Megapost #4 (mais precisamente, este aqui) eu cometi uma falha catastrófica: citei a música "In My Life", do disco American IV de Johnny Cash, como sendo uma obra dele, quando na verdade trata-se de uma regravação. A original foi gravada pelos Beatles, então, peço que me perdoem por isso >:
No mais, era só isso, e que tenhamos um bom 2011 :D

Cheeryo