domingo, 15 de abril de 2012

Marvel vs Capcom: Clash of Super Heroes!

Olá, meus amigos! Após quase meio ano de esquecimento, venho aqui ressuscitar isso aqui com um grande clássico dos games de luta: Marvel vs Capcom!


Antes de mais nada, devo informar-lhes: apesar de ser o primeiro Marvel vs Capcom, este aqui não é necessariamente o primeiro da "saga" Marvel vs Capcom, se é que vocês me entendem... Tudo começou com X-Men vs Street Fighter, um grande sucessos dos Arcades em 1996, ganhando versões para o PlayStation e o Saturn até 1998. Em 1997, surgiu uma espécie de "sequência", chamada Marvel Super Heroes vs Street Fighter, que juntava não só alguns dos X-Men como também outros grandes nomes dos quadrinhos Marvel, como Capitão América, Hulk e Homem-Aranha.

Ainda em 1997 foi então desenvolvido Marvel vs Capcom: Clash of Super Heroes, sendo lançado em janeiro de 1998 e alcançando um estrondoso sucesso no Arcade (acreditem, até hoje eu encontro máquinas desse jogo em shoppings por aí!). O jogo difere grandemente dos outros dois em aspectos como times de luta, modos e número de personagens extras, mas no geral ele cumpre o que promete: coloca heróis e vilões do universo Marvel se atracando contra vários personagens de jogos clássicos da Capcom.


A história, como era de se esperar em um jogo de luta 2D dos anos 90, é bastante simplória: o professor Charles Xavier convoca a todos para impedí-lo de se unir fisicamente com a consciência de Magneto, o que acarretaria consequências catastróficas para a humanidade. E não é que TODOS chegam tarde demais e ele acaba se transformando em Onslaught, um ser feito somente com o desejo de destruir e conquistar tudo e todos? Pois é, agora nossos amigos tem que se paulear feito loucos para decidir quem vai chegar até Onslaught e impedí-lo.

Os gráficos são lindos, algo realmente legal de se jogar. Tanto a frieza de Strider Hyriu, a alegria de Megaman e a sensualidade de Morrigan foram muito bem desenhados e fluem muito bem. O cenários seguem o padrão Street Fighter, com alguma coisa se mexendo repetidamente ao fundo durante a luta. A única coisa que achei um pouco frustrante é o fato de o War Machine deste jogo ser apenas uma recolor do Iron Man, isso fica ainda mais evidente se vocês jogarem Marvel vs Capcom 3 e notarem que ele é exatamente igual naquele jogo, só refeito em 3D e com as cores originais.


A trilha sonora é FANTÁSTICA, uma das mais lindas já feitas para um game de luta! A música da tela de seleção de personagens fica na cabeça, é algo indescritivelmente incrível, vou até colocar aqui embaixo para vocês ouvirem, caso não conheçam. Cada personagem tem seu tema, que toca assim que ele entra em cena após seu companheiro ser derrotado ou ao início de uma luta. Os efeitos de som também fluem muito bem apesar de os 'tiros' diversos não diversificarem (por exemplo, War Machine, Ryu, Capitão Commando e MegaMan possuem ataques devastadores com o mesmo PRRRRRRRRRRRRRR como som de hit), mas é algo passível em um jogo desse tipo.


Me agradeça nos comentários por compartilhar esse maravilha musical.

A jogabilidade. Aaaaah, a jogabilidade! Tão diversificada entre suas versões e ao mesmo tempo tão igual, a jogabilidade de Marvel vs Capcom segue os padrões Street Fighter: soco e chute em níveis fraco, médio e forte. Os golpes especiais geralmente não passam de um "baixo, frente + soco", variando em direções. E os super especiais. AAAAH!!! A grande atração da série, com certeza! Aqui temos ataques que simplesmente destroem o oponente, aumentando o número de hits enquanto um PRRRRRRR se destaca na trilha sonora! E assim como nos anteriores, se você finalizar um oponente utilizando um super especial, a tela brilha ao fundo em slow motion enquanto o nome do tal especial aparece escrito na tela! É a mesma sensação de um fatality em qualquer Mortal Kombat, lhes digo isso!

Há também a opção de especiais em dupla, combinando dois especiais da sua dupla em um único ataque devastador, mas que infelizmente não funciona bem com qualquer dupla, pois o ataque um pode negativar o do outro (como os dois atacam ao mesmo tempo, somente um hit é contado por vez! Isso só veio a ser corrigido em Marvel vs Capcom 3: Fate of Two Worlds, se não me engano). Mesmo assim, algumas combinações são ótimas para tirar uns 75% de vida do oponente, como utilizar Wolverine e Gambit num ataque conjunto.

Proton Cannon, um típico ataque PRRRRRRRRR

Marvel vs Capcom foi portado para o Dreamcast em 1999, sendo um port completo, com todas as características do jogo de Arcade (incluindo os gráficos) e ainda com a opção de modificar tempo de batalha, dificuldade e essas opções padrão dos jogos de luta da Capcom. Essas opções podiam ainda ser gravadas em um slot de memória, para poderem ser carregadas facilmente outras vezes, evitando assim uma perca de tempo futura. Após o sucesso de vendas do port para Dreamcast, foi encomendada uma versão também para o PlayStation. Sendo o Dreamcast um console 128 bits e o PS um 32 bits, era óbvio que mudanças iriam ser feitas. Lançado em novembro de 99 no Japão e em janeiro e fevereiro de 2000 no resto do mundo, a versão 32 bits de Marvel vs Capcom fez bonito, apesar dos pesares. Grandes perdas ocorreram, como gráficos muito pixelizados, zooms estranhíssimos durante os combos (principalmente os aéreos) e loading times infinitos foram as principais partes negativas do port, mas fora isso, a jogabilidade se manteve a mesma. Os especiais conjuntos pareciam ter pedido um pouco do foco, sendo bem mais difíceis de realizar agora. Também não era mais possível trocar de companheiro durante uma luta: você escolhia apenas um, o outro só serviria para acompanhar certos ataques, ou senão, poderia ser escolhido um dos outros parceiros especiais que só executavam um golpe e saíam.

Tirando essas péssimas perdas na conversão, o port de PlayStation fez bonito também e vendeu como água, e foi a primeira versão em que botei minhas mãos. Claro, hoje o tal CD não mais existe, sendo que foi corroído pelas milhares de vezes em que joguei até o final, conseguindo todas as gallery arts, endings e personagens secretos (sim, a versão de PlayStation teve alguns extras exclusivos!).


Falando nos personagens secretos, eles são liberados após terminar o jogo com algum personagem que tenha algo a ver com eles, por exemplo: para liberar Orange Hulk, termine com Hulk; para liberar Golden War Machine, termine com War Machine, e assim por diante. Cabe à sua curiosidade terminar com cada personagem e descobrir se ele liberou ou não alguma "contra-parte"! Aliás, na primeira vez que você terminar o jogo vai liberar o Onslaught, mas ele é meio inútil apesar de ter ataques grandiosos.

Enfim, este é Marvel vs Capcom: Clash of Super Heroes, um grande clássico arcadiano dos anos 90 que com certeza deixou uma marca profunda na história dos games de luta! Recomendo que joguem qualquer versão, todas são ótimas para conhecer o jogo!

Carry on!